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Legado da ditadura civil e militar (1964-1985): nacionalismo como arma política

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Reinaldo de Mattos Corrêa (*) –

O nacionalismo, sentimento de orgulho e pertencimento à nação, é frequentemente utilizado como ferramenta de manipulação política por líderes autoritários. A imagem da bandeira nacional, a camisa amarela da seleção brasileira de futebol e a bandeira do Brasil em placa de veículo são símbolos que, quando instrumentalizados para fins políticos, representam um perigo à democracia e à liberdade. É isso que os déspotas que governaram no Brasil fizeram entre 1964 a 1985 e até hoje tem quem lute para manter essa herança política maldita.

Máscara do autoritarismo

Sob o disfarce do patriotismo, o nacionalismo político busca sufocar o debate e a crítica, criando um ambiente de falsa união e homogeneidade. O “nós” versus “eles” é utilizado para dividir a sociedade, silenciar o dissenso e criminalizar a diferença. A crítica ao governo se torna sinônimo de traição à pátria, e o questionamento das políticas públicas é visto como ataque à nação.

Manipulação de massas

O nacionalismo político se utiliza de estratégias de manipulação para mobilizar as massas em torno de um líder ou projeto político. Símbolos nacionais, slogans inflamados e apelos emocionais são utilizados para criar um clima de fervor patriótico, muitas vezes cegando os cidadãos para as reais intenções dos líderes que os manipulam.

Tribalismo, preconceito, xenofobia

O nacionalismo político pode ser visto como uma forma de tribalismo, onde a nação é vista como uma “tribo” em competição com outras “tribos”.

Essa visão levanta questões sobre o preconceito e a xenofobia, pois pode levar à discriminação contra pessoas de outras nações.

Ascensão dos piores

Em um ambiente político dominado pelo nacionalismo autoritário, a mediocridade encontra terreno fértil. Moralistas sem propostas, despreparados para o exercício do poder, incompetentes e egocêntricos ascendem ao poder, aproveitando-se do clima de polarização e da manipulação emocional das massas.

Alerta à democracia

O uso do nacionalismo como arma política é um ataque à democracia e à liberdade. É fundamental estarmos atentos aos perigos do autoritarismo mascarado de patriotismo. Devemos defender o debate público, a crítica construtiva e a tolerância à diferença.

Responsabilidade da sociedade civil

Cabe à sociedade civil, por meio da educação, da cultura e do debate público, combater o nacionalismo político e defender os valores da democracia. É necessário fortalecer a consciência crítica dos cidadãos para que não se deixem manipular por líderes autoritários que se escondem atrás da bandeira nacional.

Futuro da nação

O futuro da nossa nação depende da nossa capacidade de defender a democracia e a liberdade. Devemos repudiar o uso do nacionalismo como arma política e construir um Brasil plural, tolerante e próspero, onde o patriotismo se traduza em ações concretas para o bem de toda a população.

Lembre-se:

  • O nacionalismo político é uma ferramenta de manipulação;
  • A crítica ao governo não é traição à pátria;
  • O debate público é fundamental para a democracia;
  • A sociedade civil tem a responsabilidade de defender a liberdade;
  • O futuro da nação depende da nossa capacidade de defender a democracia.

Conclusão

O legado da ditadura civil e militar ainda é uma realidade presente na sociedade brasileira. O nacionalismo, utilizado como arma política, representa um perigo à democracia e à liberdade. Cabe à sociedade civil defender os valores democráticos e construir um Brasil mais justo, plural e tolerante.

(*) É Produtor Rural em Mato Grosso do Sul.

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