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Truculência de diretor da Funsaud revela estresse na equipe de Alan Guedes

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José Henrique Marques –

É preciso reconhecer que não tem sido fácil o início da administração de Alan Guedes (PP). É fato que herdou muitos problemas de sua antecessora. Como tinha conhecimento de todos eles não justifica a piora nos serviços de saúde oferecidos à população, por exemplo, e nem os gargalos aparentemente insolúveis em outros setores como na Educação, na iluminação das ruas e na buraqueira nos bairros da cidade, enfim.

Nesses seis meses iniciais de seu mandato como prefeito de Dourados, Alan Guedes já enfrentou seis protestos – em frente da Prefeitura e até em sua residência. A pressão da sociedade é grande.

É acusado pela vereadora Lia Nogueira (PP) de ter desviado cerca de R$ 1 milhão dos cofres públicos quando era presidente da Câmara de Vereadores (2019 e 2020), na tal “farra da publicidade”.

É criticado, até por apoiadores, entre eles vereadores de sua base na Câmara, de abrigar na Prefeitura seus supostos cúmplices de “farra”, o jornalista Alfredo Barbara e o mix de agente penitenciário e publicitário Milton Junior, respectivamente na chefia de Gabinete e em assessoria especial, de onde comandam a política de comunicação social da Prefeitura infligindo a Lei da Transparência e levantando a suspeita de que o modus operandi migrou do Legislativo para o Executivo.

Por tudo isso, é obvio que o clima na Prefeitura de Dourados é pesado. Mas, a culpa não é dos adversários, dos críticos, da crise, da herança, da pandemia. É do prefeito e de sua trupe de amadores e incompetentes que usam o poder [efêmero] para perseguir, atacar e destilar ódio contra imaginários “inimigos”, como se não fossem eles as vitrines de ocasião – errantes e no meio de um escândalo que pode levar muita gente para a cadeia, inclusive alguns deles.

A calamitosa e preocupante realidade transborda nas feições de secretários e de assessores mais próximos do prefeito e, o que é pior, externa em atitudes condenáveis o nível do estresse até de gente educada antes de chegar à Prefeitura.

Somente o nervosismo ao extremo pode justificar o comportamento agressivo e arrogante do diretor-presidente da Fundação de Serviços da Saúde de Dourados (Funsaud), o advogado Jairo José de Lima, com funcionários do Hospital da Vida e da UPA no final da tarde de quinta-feira (08), durante protesto pacífico e justo.

Sujeito reconhecido como comedido nos meios jurídico e social, Jairo Lima não recebeu e nem dialogou com os funcionários que pleiteiam salários justos, condições dignas de trabalho, medicamentos e insumos nas unidades hospitalares e liberação de férias atrasadas. Além de não olhar para os rostos de ninguém, ao passar pelos manifestantes ele ordenou que guardas municipais os expulsassem da sede da Funsaud.

Também pela manhã, no paço municipal, no início do protesto, o grupo de trabalhadores foi ignorado pelo prefeito e secretários e intimidado por um batalhão de guardas municipais a serviço e sob ordem de Alan Guedes.

O comportamento estressado de Jairo José de Lima é um indicador para que o prefeito repense com humildade sua administração. Ainda há tempo para corrigir o rumo antes que até mesmo gente de sua cozinha abandone o barco e o deixe à deriva. Geralmente os bens intencionados não suportam carregar o piano por muito tempo para que os incompetentes e os maus intencionados se deem bem.     

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