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‘Segurança Pública e Saúde Pública’, por Reinaldo de Mattos Corrêa

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Reinaldo de Mattos Corrêa (*) –

A segurança pública e a saúde pública são áreas interligadas e indissociáveis. A segurança impacta diretamente na saúde da população, e vice-versa. Um Estado que prioriza a repressão policial em detrimento da prevenção e da promoção da saúde cria um ciclo vicioso que prejudica o bem-estar da população.

Pode-se mencionar os prejuízos à Saúde Pública de um aparato policial excessivo:

  • Aumento da violência: o foco na repressão policial gera um clima de medo e insegurança na população, o que pode levar ao aumento da violência doméstica, bullying, crimes de ódio e outros tipos de violência;
  • Estresse crônico: a exposição constante à violência e à insegurança pode levar ao estresse crônico, que por sua vez aumenta o risco de doenças como hipertensão, doenças cardíacas, diabetes e depressão;
  • Acesso precário à saúde: o investimento excessivo em policiamento retira recursos de áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura, dificultando o acesso da população a serviços de saúde de qualidade;
  • Criminalização da pobreza: a militarização da polícia muitas vezes criminaliza a pobreza, levando à prisão de pessoas em situação de vulnerabilidade social, que muitas vezes precisam de apoio social e não de punição;
  • Violações de Direitos Humanos: o uso excessivo da força e a brutalidade policial podem levar a violações de Direitos Humanos, como tortura, execuções extrajudiciais e prisões arbitrárias, gerando traumas e sofrimento psicológico na população.

São exemplos de benefícios à Saúde Pública da redução do aparato policial:

  • Redução da violência: a redução do foco na repressão e o investimento em medidas preventivas, como educação, cultura, lazer e geração de emprego, podem contribuir para a redução da violência na sociedade;
  • Melhora da saúde mental: um ambiente mais seguro e com menos violência contribui para a diminuição do estresse crônico e melhora da saúde mental da população;
  • Maior acesso à saúde: a realocação de recursos do policiamento para áreas como saúde permite ampliar o acesso da população a serviços de saúde de qualidade, como prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças;
  • Descriminalização da pobreza: reduzir o foco na repressão e investir em políticas sociais pode ajudar a tirar as pessoas da pobreza e da criminalidade, promovendo a inclusão social e o bem-estar da população;
  • Respeito aos Direitos Humanos: a redução da militarização da polícia e a promoção de uma cultura de respeito aos Direitos Humanos contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.

Assim, a segurança pública e a saúde pública são áreas que se complementam e se influenciam mutuamente. Investir em um modelo de segurança pública mais humano, preventivo e comunitário, com foco na redução do aparato repressivo, é fundamental para garantir o bem-estar da população e construir uma sociedade mais justa, segura e saudável.

(*)Produtor Rural em Mato Grosso do Sul.

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