Dr. Reinaldo de Mattos Corrêa (*) –
No coração do Brasil, na região Centro-Oeste, em Dourados, vive uma comunidade indígena que há séculos luta por sua sobrevivência. Essa comunidade, composta por cerca de 15 mil pessoas, é formada pelas etnias: Guarani, Kaiowá, Terena.
Os indígenas de Dourados são uma minoria cristã. Eles professam a fé católica e evangélica, e suas comunidades são marcadas por uma forte espiritualidade. No entanto, essa minoria tem sido historicamente oprimida pelo Estado e pela população não indígena.
O Estado brasileiro, que deveria proteger os direitos dos indígenas, permite que invasores tomem as terras indígenas da União Federal destinadas à Reserva Indígena de Dourados. Esses invasores são, em sua maioria, não indígenas, e eles chegam às terras indígenas armados e violentos. Eles expulsam os indígenas das casas, invadem terras e as plantações, e matam os animais.
A população não indígena, de maioria cristã, também discrimina os indígenas, alimenta preconceitos e dissemina o racismo. Muitos não indígenas acreditam que os indígenas são atrasados e que não merecem os mesmos direitos que eles. Eles chamam os indígenas de “selvagens” e “vagabundos”.
Essa situação de genocídio é uma afronta aos valores cristãos. Jesus Cristo, o fundador do Cristianismo, ensinou o amor ao próximo, a justiça e a solidariedade. Ele condenou a violência e a discriminação.
É hora de a população cristã do Brasil e dos outros países, de maioria não indígena, se posicionar contra o genocídio dos indígenas de Dourados. É hora de apoiarem, defenderem e ajudarem os indígenas a retirarem os invasores dessas terras e a viverem melhor e de forma digna.
Aqui estão algumas ações que a população cristã pode tomar para ajudar os indígenas de Dourados:
Informar-se sobre a situação dos indígenas de Dourados.
Protestar contra a invasão das terras indígenas de Dourados.
Apoiar organizações que trabalham pela defesa dos direitos dos indígenas.
Doar para organizações que trabalham pela defesa dos direitos dos indígenas.
Ao tomar essas ações, a população cristã poderá ajudar a construir um mundo mais justo e fraterno, onde todos os seres humanos sejam respeitados, independentemente da etnia ou religião.
(*) É Produtor Rural em Mato Grosso do Sul.
