A Câmara de Vereadores instalou na sessão de ontem (09) à noite comissão processante para investigar possível quebra de decoro da vereadora Lia Nogueira (PP). O placar foi 8 a 7.
Foram favoráveis os vereadores Elias Ishy (PT), Maurício Lemes (PSB), Marcão da Sepriva (Solidariedade), Cemar Arnal (Solidariedade), Jânio Miguel (PTB), Daniela Hall (PSD), Daniel Junior (Patriotas) e Sérgio Nogueira (PSDB).
O grupo, que da sustentação política para o prefeito Alan Guedes (PP) no Legislativo, acatou denúncia da ex-assessora parlamentar Patrícia Brandão que teria sido ameaçada por Lia Nogueira durante festa de confraternização. Ela também teria recebido oferta de suborno de R$ 500 mil para trair a vereadora.
Votaram contra: Olavo Sul (MDB), Fábio Luis (Republicanos), Diogo Castilho (DEM), Juscelino Cabral (DEM), Rogério Yuri (PSDB), Márcio Pudim (DEM) e Marcelo Mourão (Podemos).
Estavam ausentes Liandra Brambilla (PTB) e Creusimar Barbosa (DEM). O presidente da Câmara, Laudir Munaretto (MDB), votaria em caso de empate. Lia Nogueira, como parte interessada, estava impedida de votar.
A comissão processante será presidida por Juscelino Cabral e terá como relator Jânio Miguel. Maurício Lemes será membro. O grupo terá 90 dias para apurar a denúncia realizada pela ex-assessora de Lia.
A vereadora Lia Nogueira investiga suposto desvio de R$ 1 milhão dos cofres da Câmara quando era presidida por Alan Guedes (PP), em 2019 e 2020. Há indícios também que o esquema tenha tido continuidade nos primeiros meses deste ano já sob a presidência de Munaretto.
O caso já foi encaminhado pela vereadora ao Ministério Público de Dourados e à Procuradoria de Justiça do Estado.
