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CPI da Covid: Vereador Sergio Nogueira é alvo de ‘fogo amigo’

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José Henrique Marques –

Na noite de ontem (07) circulou texto em aplicativo de mensagens desqualificando o vereador Sergio Nogueira (PSDB) da missão de preparar o relatório da CPI que investigará a destinação de R$ 55 milhões de recursos federais para combater a pandemia da covid-19, através da Fundação de Saúde (Funsaud).

Sergio Nogueira foi alvo de preposto periférico do prefeito Alan Guedes (PP). Questionado pela Folha de Dourados sobre o conteúdo do texto depreciativo, o vereador negou e jornal decidiu não publica-lo.

A CPI, instalada na segunda-feira (05) pela Câmara de Vereadores, já é controversa e desperta desconfiança na sociedade por dois episódios. Primeiro, como o surgimento repentino do “Bloco Força Legislativa” articulado nas entranhas da Prefeitura para impedir o grupo propositivo de assumir a relatoria e comprometer o atual prefeito.

Esse bloco “chapa branca” é formado pelo líder Rogério Yuri (PSDB), o vice-líder Olavo Sul (MDB) e pelos membros Liandra Brambilla (PTB), Janio Miguel (PTB), Sergio Nogueira (PSDB), Marcão da Sepriva (Solidariedade) e Cemar Arnal (Solidariedade)

O segundo ponto é a renúncia da vereadora Liandra Brambilla (PTB) da relatoria, na terça-feira (06), por suspeição, já que ela foi diretora da Funsaud entre 2017 e 2020, na gestão da ex-prefeita Délia Razuk.

Liandra Brambilla ficou na mira do grupo adversário denominado “Bloco Legislativo Independente”, que é formado o líder Márcio Pudim (DEM), a vice-líder Lia Nogueira (PP) e os membros Creusimar Barbosa (DEM), Diogo Castilho (DEM), Fabio Luis (Republicanos) e Juscelino Cabral (DEM).

A pressão sobre a vereadora por adversários é absolutamente normal em embates políticos no parlamento e ela teve a sabedoria e a dignidade de se afastar. Agora, o ataque débil a Sergio Nogueira não faz sentido e demonstra a fragilidade da articulação política de Alan Guedes.

O tal núcleo duro de poder do prefeito vem notabilizando-se pelo emprego do ódio em suas ações, da falta de jogo de cintura, da perseguição a jornalistas e adversários, do desrespeito a profissionais, de ciscar para fora, dar corda para puxa-sacos, de delirar ao imaginar inimigos inexistentes, da falta de transparência na gestão, enfim, faz de tudo, menos a Política com P maiúsculo que “cidadãos de bem”, como se auto denominam, deveriam fazer.

Se o prefeito Alan Guedes não assumir de fato a Prefeitura, inclusive a coordenação política, e frear o ímpeto dos amadores deslumbrados com o poder, será apenas mais um que passou pela Prefeitura, isso se concluir o mandato caso despreze o apoio da maioria daqueles que tem voto na Câmara de Vereadores.

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