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Comitiva de MS conhece experiência de produção agroflorestal de café em assentamento de São Paulo

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O secretário executivo de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Humberto de Mello Pereira, acompanhado por técnicos da pasta, servidores da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Câmara Municipal de Itaquiraí, além agricultores e agricultoras familiares do Complexo de Assentamento Santo Antônio, daquele município, fizeram visita técnica aos assentamentos em Teodoro Sampaio (SP) na primeira semana de abril. A viagem contou com apoio do Sebrae-MS.

As emergências ambientais têm mobilizado os diversos segmentos sociais. A ideia da visita técnica à região de Teodoro Sampaio surgiu a partir do relato dos moradores do Complexo de Santo Antônio aos técnicos da SEAF/SEMADESC de que pessoas de fora e da própria comunidade tem promovido a retirada ilegal de madeira nas reservas, em especial a espécie da Mata Atlântica de Peroba Rosa, considerada em perigo de extinção

“Buscamos apresentar a esses agricultores e às instituições de Itaquirai que é possível conservar as matas, plantar com sustentabilidade e promover a economia local desses locais” afirma o secretário executivo Humberto de Mello Pereira.

Esses assentamentos recebem assistência técnica do Instituto Ipê para recuperação de Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente e sistemas de produção agroflorestal.

Comitiva de MS conhece experiência de produção agroflorestal de café em assentamento de São Paulo

A primeira visita foi realizada em um lote do Sr. Chiquinho que há 20 anos produz café com Florestal em 1 hectare. Ele colhe aproximadamente 6 sacas de café 60 quilos, anualmente. O produto é comercializado pelo Instituto Ipê que adquiria a saca por R$ 1.500,00 em preços atuais.

Sr. Chiquinho é um dos pioneiros do Assentamento. Ele conta que no início estranhou a visita do técnico do Ipê, que sugeriu plantar café e arvores nativas na região de solo arenoso. “Eu duvidei que daria certo. Com o tempo fomos resolvendo os problemas e hoje tenho essa produção que me garante mais uma renda no assentamento.

Sr. Chiquinho também desenvolve atividade de viveiro de mudas comunitário em parceria com o Ipê e criação de gado leiteiro.

Tatiana Araújo, moradora do Assentamento Santo Antônio de Itaquirai, disse que está entusiasmada com a experiência dos assentamentos do Pontal de Paranapanema. “Eu gosto muito de buscar o conhecimento. E aqui nós estamos vendo uma experiência que tem mostrado para nós os acertos e os erros. Esse pessoal aqui foi muito generoso com nós. O que eu mais gostei foi aprender a plantar dentro da floresta”.

Outra experiência que envolve os agricultores familiares sãos viveiros de mudas nativas comunitários. São 11 viveiros de mudas nativas e frutíferas estruturados para oferecer mudas aos projetos de restauração florestal da região. O agrônomo Nivaldo, responsável pelo projeto de Viveiros Comunitários, disse que a garantia de qualidade da produção das mudas, desde a coleta de sementes até a entrega para o plantio passa pelas mãos da agricultura familiar. Os agricultores além de vislumbrar outra possibilidade de renda adquiri a consciência de restauração das áreas de matas nativas em especial das áreas de matas ciliares e das reservas legais.

As grandes propriedades do Pontal do Paranapanema representam outro foco dos projetos do IPÊ. São essas propriedades que estão utilizam as mudas que são produzidas pelos agricultores familiares. “Na fazenda Rosanela restauramos mais de 1000 hectares nesses últimos dez anos. Mudas compradas dos viveiros comunitários. Nós alinhamos as necessidades dos atores da região. É necessário conservar a natureza, capturar carbono e produzir com sustentabilidade, ressalta Haroldo Borges Gomes, coordenador da base de Teodoro Sampaio do Instituto Ipê.

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