Em outro caso assustador, a organização Kuñangue Aty Guasu denunciou mais uma vítima do agrotóxico: a morte de Raquel Daniel Isnarde, 32 anos, indígena do povo kaiowá, da Aldeia Jaguapiru, em Dourados.
Segundo informações, a vítima estava gestante de dois meses e morava com a mãe. No dia 12 de março ela deu entrada no Hospital da Missão Caiuá, com convulsão, dores abdominais, olhos lacrimejando e muita dor de cabeça, onde, segundo a família, houve negligência do hospital pois a paciente ficou por horas no corredor passando mal.
De lá, ela foi encaminhada ao Hospital da Vida, quando a família foi informada do óbito fetal e em seguida Raquel veio a óbito.
A família informou à ONG que isso ocorreu após três pulverizações de agrotóxicos perto de sua residência no terreno onde será construído um mercado dentro do território indígena.
O médico ainda perguntou a mãe da vítima, se Raquel ingeriu veneno, pois foi diagnosticada com alta dose de veneno na corrente sanguínea.
Os corpos de mãe e filho foram enterrados ontem no cemitério da Aldeia na Jaguapiru. A vítima deixa um filho pequeno e a mãe da vítima continua a passar mal com a intoxicação.
