Berenice de Oliveira Machado Souza (*) –
O assédio moral é como uma sombra que se instala lentamente, quase imperceptível, mas que pode ter efeitos massivos e profundos em nossas vidas. A intenção aqui é clara: trazer a um assunto que até então, pode ter sido apenas uma inquietação ou preocupação ao longo do caminho.
Eu, Berenice, compartilho minhas vivências e dores.
Sim, é uma história pessoal, mas ela é muito mais um eco das experiências de tantas pessoas que ser sentiram perdidas e silenciadas. Ao narrar os momentos mais desafiadores da minha trajetória, espero acender uma centelha identificação, uma conexão sincera que lhe faça sentir que não está sozinho/a nessa luta.
Na primeira Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores de Dourados-MS, no dia 11 de junho de 2025 foi relatado por outros colegas de trabalho que estão atravessando o mesmo dilema que eu passei e é injusto ouvir colegas que relataram ter seus direitos rasgados e negados por gestores da Secretaria Municipal de Saúde Dourados, uma vergonha que estamos nesse tempo ainda, quando pensamos que estamos caminhando para novos momentos, tudo volta a ser o retrocesso da humanização entre gestores e servidores do município de Dourados. Tenho conversado com muitos colegas servidores/as e pasmem pois o que escuto os relatos de um a um é de ficar cada vez mais indignada. Aí me pergunto: Até quando as pessoas vão passar por isso e como esses trabalhadores e trabalhadoras vão suportar? Que atendimento esses trabalhadores/as vão conseguir oferecer aos usuários?
Por isso colegas vamos enfrentar juntos essa luta, vamos quebrar a autocensura. Registre-se que tendo como ponto de partida, como de fato iniciou através da Primeira Audiência Pública realizada no dia 11 de junho de 2025, a esperança é que não pare por aí, tanto que na supracitada audiência já obtivemos bons frutos desse esforço em conjunto, eu, você, nós, na proposta apresentada por um/a dos Parlamentares presentes á audiência, a fim de regulamentar leis existentes que muitos de nós nem tínhamos conhecimento delas.
Precisamos falar sobre direitos! Como nos posicionarmos em ambientes tóxicos, onde deveriam ser ambientes seguros e acolhedores.
(*) Ex-secretária municipal de Saúde, Coordenadora do Programa Municipal deDst/Aids e Hepatites Virais de Dourados, Coordenadora do Fórum dos Trabalhadores em Saúde (2015 a 2018), Presidente do Conselho Municipal de Saúdede Dourados (2013 a início de janeiro de 2019), Servidora pública e graduada em Serviço Social.