Lente – A Polícia Civil já identificou quem vazou boletim de ocorrência articulado dentro da Câmara Municipal (uma das revelações de ‘grampo’) para prejudicar a vereadora Lia Nogueira (PP). Trata-se de um dos acusados de pertencer a organização criminosa que teria desviado mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos no caso conhecido como “farra da publicidade”. A irresponsabilidade constrangeu a Agepen e a Secretaria de Segurança Pública do Estado e o elemento não escapará de severa punição.
Papel – A Câmara Municipal criou a “Ouvidoria Parlamentar”, através da Resolução 160, de 01 de setembro de 2021. Mas, por enquanto, é “para inglês ver”, já que o sistema não funciona. É o mesmo caso da “transparência” com os gastos com publicidade, que já está judicializado e aguardando há quase dois meses decisão do juiz José Domingues Filho. Dependendo da sentença, o Tribunal de Justiça será acionado. Em tempo: nesta segunda-feira a “Ouvidoria Parlamentar” está no ar. Já os comprovantes de pagamentos à imprensa…
Gastança – O presidente da Câmara Municipal, Laudir Munaretto (MDB), suspeito de participar da farra da publicidade, pretende contratar escritórios de advocacia para assessorar as comissões processantes contra Lia Nogueira e Diogo Castilho (DEM). Sabe-se lá porquê e por quanto, já que a Câmara tem em seus quadros competentes assessores jurídicos e ainda uma assessoria de Bonito (município turístico e agora alçado por ele como centro de saber legislativo) contratada por R$ 240 mil.
Maria da Penha – Em meados de agosto dezenas de pessoas presenciaram pancadaria entre casal dentro de um carro no estacionamento da Unigran. Eram funcionários da universidade e caso de adultério – dele – descoberto num celular. Ao invés de dar exemplo à sociedade e acionar a polícia, o caso foi abafado.
Passada de pano – Acidente ocorrido no início do mês, no cruzamento das ruas Cuiabá e João Pessoa, em Dourados, que causou a morte de um trabalhador de 55 anos, envolveu guarda municipal. Embora não tenha sido afastado e nem alvo de Termo de Constatação de Embriaguez, por recusar fazer o teste do bafômetro, a conduta dele deve ser investigada. A ocorrência foi atendida pela Guarda Municipal.
Ocultas – Quem de Dourados estaria por trás das polpudas verbas publicitárias destinadas pela Prefeitura a um site de Maracaju que entrou no ar em fevereiro deste ano? Esse caso está perto de ser elucidado depois que o Douranews teve acesso à documentação do Ministério Público.
Tá fora – Entre profissionais de imprensa de Campo Grande circulam rumores de que a agência de publicidade Art Traço avalia a hipótese de renunciar ao contrato com a Prefeitura de Dourados. É que, estruturada e de reputação ilibada, a empresa não quer ser tragada no turbilhão da farra da publicidade, já investigada pelo Ministério Público. Os proprietários não admitem ser envolvidos indevidamente pelos prepostos do prefeito Alan Guedes (PP).
Cadê o dinheiro… É intrigante: se Laudir Munaretto não pôde receber de volta R$ 36.792,00 que repassou indevidamente ao afilhado Alfredo Barbara Neto, do Diário MS, onde está o dinheiro do povo de Dourados que estava sob responsabilidade da Câmara?
Papel – Há muita curiosidade em Dourados para saber o nome do investidor oculto e agente público que adquiriu tradicional gráfica douradense que está há mais de 30 anos no mercado. A concorrência tem pistas do dito cujo.
Guarda-costas – Alvo do Ministério Público por conta da farra da publicidade, Alan Guedes anda mesmo preocupado com a segurança dele e de familiares. Além dos quatro guardas municipais para proteção pessoal, outras duas guardas cuidam da família, inclusive, com carro descaracterizado que fica estacionado em frente de sua residência. Ah, o PB (posto base) foi desativado depois do vazamento do preciosismo.
