fbpx

Desde 1968 - Ano 56

17.2 C
Dourados

Desde 1968 - Ano 57

InícioBrasilWaldir Guerra: 'Algumas coisas boas para lembrar 2013'

Waldir Guerra: ‘Algumas coisas boas para lembrar 2013’

30/12/2013 07h27

Algumas coisas boas para lembrar 2013

Por: Folha de Dourados

(*) Waldir Guerra

Final de ano e também o último artigo de 2013. Minha intenção é fugir da tradicional retrospectiva do ano, mas não posso deixar pelo menos de enumerar as coisas boas que vivenciamos neste ano. Relembrar coisas boas já é um bom começo para o ano novo.

Das boas lembranças deste ano ficará na memória de todos os brasileiros a visita do Papa Francisco em sua primeira escapada para fora do Vaticano. Veio ao Brasil e nos mostrou com sua simpatia o modo que um bom cristão deve levar a vida: com simplicidade. Cativou-nos – apesar de ser argentino.
O mundo todo o está admirando hoje e foi aqui que, em poucos dias, adquiriu a desenvoltura para aplicar no Vaticano as mudanças necessárias para a renovação da Igreja – ele é do bem, disse meu neto.

Outro que ficará na memória de todos, mas foi embora pra sempre neste ano foi Nelson Mandela, que também era do bem. O mundo seria diferente sem as atitudes dele. Nos vinte e sete anos em que esteve preso nunca acatou a vontade de seus companheiros de dar continuidade aos confrontos, mas negociou sozinho com os líderes da apartheid o fim da disputa.

Quando livre implorou às massas que “jogassem os facões no mar”. Não fosse a liderança dele e suas atitudes a guerra civil teria prosseguido e os ódios raciais certamente ainda perdurariam, não apenas na África do Sul, mas no mundo todo, inclusive aqui no Brasil.

Não é nosso costume cantar em enterros. Nem sei se é uma tradição deles, mas junto com os sul-africanos, o mundo todo acompanhou e cantou na despedida de Nelson Mandela. Um líder como ele precisa ser festejado enquanto vivo e enterrado com cânticos alegres.

Outra coisa boa que aconteceu em 2013, o povo aprendeu a ir pra rua e reivindicar pacificamente. Verdade. Sim, porque aqueles quebra-quebras no final das manifestações, inclusive os Black-Blocs, não faziam parte dos movimentos espontâneos. Foram “plantados” por interesses políticos. Assim como surgiram também saíram de cena sem avisos antecipados.

As manifestações do mês de junho deste ano foram convocadas e estimuladas somente pelas redes sociais; internet e celulares. Não teve participação alguma da mídia tradicional; como jornais, rádios e TVs, por exemplo.
O lado bom dessas manifestações é que mexeu com a empáfia dos políticos e agora morrem de medo que elas voltem durante a copa. Se forem pacíficas que venham!

Se pensas que me esqueci do Mensalão se enganou. Ficou por último porque não lhe dou tanta importância assim. Sei que foi correta a condenação e prisão dos culpados. Sei que valeu pelo exemplo; sei que foi uma conquista deste ano, pois ficará na história do Brasil. Mas cadê a condenação dos outros?
Você pode estar me perguntando: que outros? Pelo amor de Deus, caro leitor, poupe-me de uma resposta direta. Mas você conhece alguém que hoje em dia se elege com recursos próprios? Se conheceres diga-me; meu e-mail está ali embaixo. (Só não vale apontar o senador Paulo Paim que todos sabem se elege há mais de trinta anos com Salário Mínimo – brincadeira).

Muitas outras coisas boas aconteceram neste ano, você pode acrescentar a vontade as de seu gosto, mas eu fico com essas porque sei que relembrá-las será um bom começo para o Ano Novo.

(*) Membro da Academia Douradense de Letras; foi vereador em Pato Branco-PR e secretário do Estado e deputado federal em Mato Grosso do Sul. E-mail: [email protected]

O empresário Waldir Guerra

- Publicidade -

ENQUETE

MAIS LIDAS