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Assessora da Câmara acusa ‘Alan, corja e sites’ de atacarem ‘pessoas honestas e humanas’

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José Henrique Marques –

A internação às pressas no Hospital da Vida da assessora parlamentar Patrícia Brandão, lotada no gabinete da vereadora Lia Nogueira (PP), tornou-se um exemplo pronto e acabado dos métodos ultrajantes que assessores próximos do prefeito de Dourados Alan Guedes (PP) vêm adotando desde a posse em 1º de janeiro contra críticos, adversários e até mesmo companheiros de partido, como é o caso.

Esses assessores, do núcleo duro do poder da Prefeitura de Dourados, que formariam um tal “gabinete do ódio”, como já é alcunhado pejorativamente na cidade, deram ontem (06) à noite um tiro no pé – do prefeito, caso procedam o entendimento manifestado em redes sociais por Patrícia e Lia.

Eles teriam plantado em sites que “mantém” que Lia Nogueira e o vereador Diogo Castilho (DEM) prevaricaram ao socorrer um ser humano que, pasmem, corria sério risco de morrer.

Os vereadores foram acusados de usarem influência política para internar Patrícia Brandão, com séria crise de apendicite, no Hospital da Vida sem passar pela Central de Regulação.

Lia Nogueira e Diogo Castilho têm adotado postura independente na Câmara de Vereadores – votando favoravelmente matérias da Prefeitura de interesse público -, mas também apontando as falhas da atual administração, o que vem desagradando o tal gabinete do ódio. Ambos são figuras proeminentes na CPI da Covid, em curso no Legislativo Municipal, que pode complicar a vida de Alan Guedes.

Esse grupo deslumbrado com o poder, que se acha acima do bem e o mal, vem perseguindo agentes políticos e profissionais da imprensa sistematicamente nos últimos meses.   

Nas redes sociais, tanto Lia como Patrícia se posicionaram: “Precisei compartilhar o asco da politicagem em detrimento à Vida! Aprendi com minha saudosa mãe a estender a mão à quem quer que seja! Iria socorrer quem quer que fosse, não importa a relação de amizade, cordialidade, ou mesmo se nem conhecesse. Quem me conhece há anos sabe quem eu sou. Me lembro na época da TV Morena, de ver uma mãe com o filho nos braços em convulsão no PAM, desesperada. A criança corria risco de morte! Contrariando as regras da emissora, eu e o então repórter cinematográfico, Deginaldo Alves – o Baiano, a colocamos no carro da reportagem, entramos com tudo no HV pedindo Socorro! A criança foi atendida e salva! Nem lembro quem era o prefeito na época! Só sei que a empresa, mesmo com suas regras, não nos puniu e a administração municipal na época também não! Será que era porque eu era só repórter naquele tempo senhor Alan Guedes? O futuro trará a resposta! Só não esqueça meu amigo Alan e parceiro de partido, o mundo dá voltas! E eu sou fascinada nas voltas que o mundo dá! Mais amor ao próximo, mais empatia e menos falta de humanismo!!”, escreveu a vereadora.

Já a assessora foi mais contundente: “A minha vida em troca de denegrir a imagem de duas pessoas honestas e humanas: Lia Nogueira e Dr Diogo Castilho. Alan, sua corja e os sites que você mantém, vocês queriam que eu morresse, assim como querem que o povo de Dourados morra sem atendimento na UPA! Tenho nojo de vocês”.

O caso – Patrícia Brandão passou mal na noite de quarta-feira (05), no plenarinho da Câmara, logo após uma reunião por videoconferência entre os vereadores Diogo, Lia e Fábio Luis (Republicanos) com médicos lotados na UPA e Hospital da Vida, para tratar, justamente, das mazelas da saúde pública de Dourados.

De acordo com o site “O Argumento”, quase desmaiada a servidora foi avaliada por Diogo Castilho. Como o caso era grave e com risco iminente de morte, já que ela apresentava quadro de possível rompimento do apêndice, o médico decidiu encaminhar com urgência a servidora ao Hospital da Vida.

“Patrícia Brandão passou por todo o protocolo de entrada na unidade de saúde do SUS, como estabelecem os padrões definidos pelo Ministério da Saúde. A direção do Hospital da Vida, administrado pela Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), também foi comunicada da gravidade do caso por meio da diretora técnica da Fundação, Ângela Marin”, noticiou o site.

O Argumento registrou que o “processo cirúrgico chamado de Laparotomia exploradora por apendicite aguda, o qual a servidora foi submetida, foi realizado pelo médico Rogério Watanabe, e devido à gravidade do caso, o médico e vereador, Diogo Castilho, decidiu por auxiliar na cirurgia”.

Segundo Diogo Castilho, “o atendimento às pressas à servidora, foi em razão do risco iminente de morte cumprindo todos os padrões exigidos pelo SUS. Conforme ainda Diogo Castilho, um atendimento de urgência em casos muito graves em que qualquer paciente do SUS, sem qualquer distinção tem direito”.

Depois da cirurgia, Patrícia Brandão ficou sob observação durante a noite de quarta-feira e na manhã de ontem recebeu alta médica, mas permanece em repouso absoluto em casa.

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