Integrando a comissão parlamentar de recesso, o vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) afirmou que irá buscar ações necessárias para apurar os fatores que levaram o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) a deflagrar a operação “Apagar das Luzes” na capital.
Em entrevista ao Top Mídia News, Guerreiro destacou que é função da Câmara Municipal esclarecer à população todos os pontos da investigação. “Já estou falando com o presidente Papy para ver o que podemos fazer. Irei cobrar a prefeitura, a Sisep e quero me encontrar pessoalmente com o secretário Marcelo Miglioli para ele me explicar a situação”, disse.
O vereador ressaltou que, como a operação foi deflagrada um dia após o início do recesso legislativo, até o momento tem conhecimento apenas do que foi divulgado pela imprensa. Ele afirmou que pretende se aprofundar no caso para não deixar a questão apenas para depois do retorno das atividades parlamentares.
“Precisamos dar uma resposta para sociedade, até porque temos muitos problemas em relação à iluminação pública. Essa é a função da Câmara, acompanhar e tentar resolver a questão, para que a população não seja prejudicada”, completou.
Operação “Apagar das Luzes”
Na sexta-feira (19), o Gaeco cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e em Balneário Piçarras (SC). Entre as empresas investigadas estão a Construtora JLC Ltda, a Construtora B&C Ltda e uma terceira ainda não divulgada.
Segundo o MPMS, o esquema teria causado um superfaturamento superior a R$ 62 milhões em parte dos contratos analisados. As investigações apontam que agentes públicos e privados direcionavam contratações, superfaturavam serviços e desviavam recursos da Cosip. Também foi identificado um núcleo criminoso voltado à criação de empresas de fachada para simular serviços e facilitar o desvio de dinheiro público.
Documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos e devem subsidiar a continuidade das apurações, que seguem em sigilo.

