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Uma em cada 10 crianças abandonou a escola na pandemia, diz estudo

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O levantamento analisou dados de alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio durante a crise sanitária

A pior fase da pandemia da Covid-19 obrigou escolas a fecharem as portas e migrarem para o ambiente virtual. Muitos estudantes, no entanto, não conseguiram continuar acompanhando as aulas por falta de internet ou de estrutura em casa.https://717573e4349efeb2b64062b97366c33a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Um levantamento do Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB) e do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) mostra que uma em cada 10 crianças abandonou a escola durante o período.

A pesquisa “Permanência Escolar na Pandemia” (PEP), divulgada nesta quinta-feira (25/11), traz um panorama da adesão dos estudantes da rede pública às atividades propostas pelos colégios durante a crise sanitária. O levantamento analisou dados dos alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio.PUBLICIDADE

Mais sobre o assunto

O estudo revela que, nas redes municipais, a média de participação dos alunos do 5º ano do ensino fundamental nas aulas remotas e de entrega de atividades impressas disponibilizadas pelas escolas foi de 92,5%.

No 9º ano, também nas redes municipais, a média foi de 90,1%. “É preciso lembrar que, antes da pandemia, o acesso educacional de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos estava praticamente universalizado. Por isso, quase 10% de não participação no 9º ano e 7,5% no 5º ano são considerados números altíssimos e preocupantes”, ressalta a instituição.

“Os dados mostram que o desafio é sério. Crianças de 10, 11 anos, por exemplo, tiveram a aprendizagem comprometida pela ausência de atividades escolares. E isso após um ano de pandemia, quando a estrutura das redes já era bem melhor do que no início. Por isso, é fundamental avançarmos nas ações de monitoramento, de acompanhamento e de busca ativa”, afirma Ernesto Faria, diretor do Iede.

O índice de participação no 9º ano é superior ao do 5º só na região Norte. Ou seja, na maioria dos casos, os alunos do 9° ano tiveram menos contato com a escola de forma frequente, o que aponta para um risco maior de evasão.

A região Nordeste apresenta os menores índices de participação dos estudantes em ambos os anos: 88% no 5º, e 84,4% no 9º. Além disso, o Nordeste também ostenta o maior número de redes municipais em que a participação dos estudantes variou entre 50% e 80%, situação classificada como grave pelos pesquisadores.

O PEP traz informações de redes de ensino de todas as regiões do País. A coleta e a validação dos dados foram realizadas por técnicos de 29 tribunais de contas, que aplicaram um questionário a mais de 1,2 mil secretarias de Educação. A iniciativa teve o apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), do Instituto Rui Barbosa (IRB) e do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPT). (Extra)

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