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Desde 1968 - Ano 56

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‘Tudo bem, já estou vacinado!’, nova crônica do escritor douradense Elairton Gehlen

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Elairton Gehlen – escritor –

Antes de acontecer a primeira revolta da vacina no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, em 1904, o governo do presidente Rodrigues Alves teve um plano que talvez pudesse dar certo atualmente. Naqueles tempos, as principais doenças eram transmitidas pela enorme quantidade de ratos que proliferavam na capital do país devido ao lixo acumulado por lá, então o governo federal decidiu incentivar o combate aos ratos pagando determinado valor a cada exemplar morto pela população.  

Depois de algum tempo a campanha teve que ser suspensa porque alguns espertos resolveram criar os ratos para aumentar a renda. Então eliminou-se o lixo acumulado na cidade e forçou-se uma campanha de vacinação em massa do povo que não queria a vacina, mas a recompensa pelos ratos. 

Hoje, tem gente que defende a necessidade de a população ser vacinada para que haja um efetivo controle da COVID, mas garante de pés juntos que não tomará a vacina por medo de ela propagar algum outro mal feito pesquisado e distribuído intencionalmente pelos laboratórios para depois ganharem fortunas vendendo outra solução para as doenças virtualmente distribuídas junto com a vacina. Quem garante que o próprio vírus da COVID já não foi criado em algum laboratório da China ou dos Estados Unidos? Acusação tem aos montes explicação nenhuma! 

Já vi essa conversa quando apareceram outras epidemias de virose, como a influenza, deram até um nome bonito, H1N1, ainda não sei o que significa, mas quando veio a vacina, veio junto a história de que era perigoso tomar porque poderia estar sendo injetado junto alguma doença degenerativa. Entre um mal e outro pior, tomei a vacina, na época eu trabalhava no banco e atendia público, melhor prevenir do que remediar.  

Pelo sim, pelo não, melhor seguir a orientação das autoridades. Ontem mesmo o presidente da República externou claramente sua orientação à Nação: É mais barato e fácil investir na cura do que na vacina. Orientação claríssima, já que não existe tratamento eficaz contra o vírus que já matou mais de cento e cinquenta mil brasileiros. A vacina gera anticorpos contra o vírus e quem já teve a doença, como o presidente, já possui os anticorpos e talvez não tenham que ser vacinados. Ah, entendi!  

Quanto aos ratos, a capital do Brasil mudou-se para Brasília, mas o criame parece continuar, um prêmio por cada rato não foi e não será eficiente, melhor fazer um saneamento e remover todo o lixo acumulado ao longo de décadas.  

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