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Três suspeitos presos pela morte do padre Alexsandro são colocados em liberdade após audiência de custódia

Redação –

Três dos cinco suspeitos detidos pela morte do padre Alexsandro da Silva Lima, de 44 anos, foram colocados em liberdade após audiência de custódia realizada na tarde de domingo em Dourados. A informação foi divulgada pelo jornalista Cido Costa, da Folha de Dourados, que acompanha o caso na DEPAC.

A Polícia Civil deverá detalhar nesta segunda-feira quais critérios levaram à liberação dos três detidos e quem seguirá preso durante o andamento das investigações.

O que se sabe sobre o crime

O principal suspeito, Leanderson de Oliveira Júnior, 18 anos, confessou em depoimento ter matado o padre Alexsandro na noite de sexta-feira (14). Ele afirmou que a motivação foi um suposto abuso sexual, relatando ter sido forçado a praticar sexo oral no religioso dentro da casa da vítima.

Leanderson disse ter utilizado uma marreta e, depois, uma faca para cometer o homicídio. Segundo ele, após o ataque, roubou o Jeep Renegade do padre com a intenção de vendê-lo por cerca de R$ 40 mil no Paraguai.

O jovem contou que conheceu o padre por meio de seu ex-cunhado e afirmou que o religioso costumava se aproximar de jovens oferecendo dinheiro em troca de encontros. De acordo com o depoimento, ele esteve com o padre dias antes do crime e voltou ao local na sexta-feira já com a intenção de roubar o veículo e outros pertences.

Durante o relato, afirmou que após matar o padre tomou banho na residência, buscou a namorada e passou a rodar pela cidade com um amigo de 17 anos. Ambos teriam ido até a casa de João Victor Martins Vieira, 18 anos, onde Leanderson revelou o ocorrido.

A investigação aponta que duas adolescentes também participaram de etapas posteriores ao crime. O grupo retornou ao local, recolheu objetos da casa — como eletrodomésticos, panelas, bebidas e talheres — e ajudou na limpeza de portas e móveis. Em seguida, enrolaram o corpo do padre em um tapete, colocaram no porta-malas do Jeep e o deixaram na região da Rua José Feliciano de Paiva, conhecida como Zé Tereré.

Depois disso, continuaram circulando pela cidade e chegaram a ir ao mercado na manhã de sábado, quando a polícia os localizou em posse do veículo.

O desaparecimento do padre foi percebido quando familiares tentaram contato com ele e descobriram que seu celular havia sido encontrado em um terreno baldio, próximo ao IFMS. O filho da mulher que achou o aparelho relatou ter visto um Jeep Renegade circulando pela área em busca do telefone — coincidindo com o veículo do religioso.

A Polícia Civil segue investigando o caso, e novas informações devem ser apresentadas pelo delegado Lucas Albé na coletiva marcada para esta manhã.

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