Um homem de 38 anos confessou ter matado o próprio filho, um menino de 11 anos com autismo não verbal e deficiência visual, em João Pessoa (PB). O corpo da criança, natural de Campo Grande, foi encontrado enterrado em uma cova rasa em uma área de mata no Bairro Colinas do Sul. Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado pela suposta impossibilidade do pai de continuar pagando a pensão alimentícia, no valor de R$ 1,8 mil.
De acordo com o delegado adjunto da DCCPES, Bruno Victor Germano, o assassinato foi planejado: o pai teria dito à mãe da criança que faria uma viagem para passar alguns dias com o filho, mas nunca comprou passagens. Ele alugou um apartamento em João Pessoa, recebeu o menino e o matou por asfixia, possivelmente com uma rede e um travesseiro. O corpo foi enrolado e enterrado em uma área industrial isolada.
O acusado justificou o crime alegando estar “sufocado financeiramente” com a pensão e afirmou ver o filho como um problema. “É um crime triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver. A pena pode ultrapassar 32 anos de prisão”, afirmou o delegado Germano.
Após cometer o crime, o homem retornou a Florianópolis e revelou o ato à mãe, que acionou a Polícia Militar. Ele também ligou para a mãe da criança, confessando o assassinato. O corpo foi encontrado exatamente no local indicado por ele, junto com os objetos usados no crime.
A criança, que tinha apenas 5% da visão, dependia totalmente dos cuidados familiares e nasceu prematura de cinco meses. Em Campo Grande, onde o menino passou os primeiros anos, a notícia causou grande comoção. Familiares relataram ao Campo Grande News que a mãe está em estado de choque e a perda é irreparável. (M.E)
