Um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o leste do Afeganistão na madrugada desta segunda-feira (1º) e deixou 812 mortos e mais de 2.800 feridos.
O governo afegão afirmou que o número de vítimas deve subir, já que o tremor ocorreu em uma área extremamente montanhosa e de construções precárias, com muitas casas feitas de argila. Segundo autoridades, vilarejos inteiros foram destruídos.
O terremoto, que já é um considerado um dos piores dos últimos anos no Afeganistão, ocorreu entre as províncias Kunar e Nangarhar, região de fronteira com o Paquistão e a cerca de 200 quilômetros da capital Cabul.
A área já vinha sendo fortemente afetada por chuvas e enchentes nas últimas semanas.
O epicentro ocorreu a apenas 8 quilômetros da superfície, uma profundidade considerada baixa para terremotos e que torna os tremores mais fortes.
Até a última atualização desta reportagem, equipes de resgate ainda buscavam por desaparecidos — como a área é muito montanhosa e de difícil acesso, as buscas estão sendo feitas quase exclusivamente com helicópteros.
“O número de mortos e feridos é alto, mas como a área é de difícil acesso, nossas equipes ainda estão no local”, afirmou em comunicado o porta-voz do Ministério da Saúde, Sharafat Zaman.
Zaman disse que “os números devem mudar” e também fez apelos por ajuda internacional. Os talibãs — que governam o Afeganistão desde tomaram o poder à força em 2021 — disseram que “todos os recursos disponíveis serão utilizados para salvar vidas.”
No entanto, a volta do regime talibã ao governo do país fez secar as verbas para um fundo de ajuda internacional voltado a ajuda em casos de terremoto, muito comuns no país.
Equipes de resgate enfrentam dificuldades para chegar às regiões atingidas, montanhosas e remotas ao longo da fronteira com o Paquistão, e vasculhavam os escombros das casas em busca de sobreviventes com a ajuda de moradores.
Segundo o governo afegão, casas de barro espalhadas pelas encostas desabaram e vilarejos inteiros foram destruídos.
Centenas de feridos foram levados ao hospital, afirmou o chefe de informações local. A ONU afirmou que diversas agências estão auxiliando no resgate às vítimas em quatro províncias do país.
(Informações G1)