Por: Mariana Rocha –
Haja coração! Após a segunda fase do 36° Exame de Ordem Unificado aplicado neste domingo (11), além da tensão gerada pela “inovação” da banca na área de Direito Trabalhista, na cobrança de uma peça nunca antes proposta, uma suspeita de vazamento da prova em grupos de mensagens está movimentando o início da semana.
Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (12), ontem , por volta das 9h, foi divulgada qual peça profissional seria cobrada na área de Direito do Trabalho — informação que coincidiu com o tema da prova em um grupo de WhatsApp. Às 15h, antes da aplicação terminar, fotos dos cadernos com os questionários já circulavam pela internet. O exame aconteceu entre 13h às 18h deste domingo.
A denúncia do possível vazamento chegou ao presidente do Conselho Federal da OAB, José Alberto Simonetti, ainda no domingo. Nesta segunda-feira (12), foi encaminhado um pedido de informações e de suspensão da correção dessa prova à Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca responsável pela aplicação das duas fases da prova.
O Conselho Federal enviou notícia crime à Polícia Federal para fins de apuração e identificação dos membros do grupo do aplicativo de mensagens em que foram enviadas fotos sobre a possível peça profissional que seria cobrada na referida área.
Nas redes sociais, candidatos de todo o Brasil reclamam do “silêncio” da FGV, enfatizam os altos valores cobrados para realização da prova, a exaustão mental causada pelo certame e pedem que as medidas cabíveis sejam tomadas, pois o possível vazamento deve ensejar o cancelamento da prova e a reaplicação, impactando a vida de muitas pessoas.
Em nota, a OAB destacou que nenhum membro da ordem tem acesso às questões ou às provas e que o Conselho Federal da OAB “trabalha diuturnamente para garantir a total lisura e a transparência do certame”.