O episódio foi registrado na noite da última quarta-feira (1º) e ganhou ampla repercussão após imagens das agressões serem compartilhadas nas redes sociais. Em entrevista à Ric RECORD, o advogado da vítima afirmou que há falhas na condução do caso.
“Ele deveria ter sido preso em flagrante. Ele saiu duas horas antes da declaração da vítima. Ela não havia nem sido ouvida ainda, o que é bem estranho para nós”, declarou.
Durante o depoimento, o homem de 37 anos disse que trabalhava na segurança do bar e que recebeu ordem para retirar a mulher do local. Ele contou que a situação começou quando a vítima teria lhe desferido um soco, o que o levou a reagir. O suspeito também relatou que, em seguida, outras pessoas do grupo da mulher tentaram agredi-lo, e por isso teria usado um simulacro de arma de fogo para se defender.
A Polícia Civil continua apurando as circunstâncias da ocorrência.
Relembre o caso
Um segurança agrediu uma jovem dentro de um bar, localizado na Rua Amintas de Barros, no Centro de Curitiba, na última quarta-feira (1°). O agressor, identificado como um segurança de 37 anos, chegou a ser detido pela Guarda Municipal, mas não permaneceu preso.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) obtido pela Banda B, a confusão teve início na calçada, quando o segurança abordou um grupo de oito jovens e afirmou que eles estariam consumindo maconha. Ele ainda se apresentou como policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), informação que não era verdadeira.
Pouco tempo depois, a vítima entrou no estabelecimento para comprar um refrigerante. Na ocasião, ela teria negado ao segurança que estivesse usando maconha. Foi nesse momento que a discussão evoluiu para agressão física.
Segurança agrediu jovem com socos, chutes e golpes com simulacro
O registro policial relata que o homem sacou um simulacro de arma de fogo, puxou o cabelo da jovem e a agrediu com socos, chutes e golpes usando o próprio simulacro. Em seguida, ela foi empurrada para fora do bar. Um amigo que tentou intervir também teria sido ameaçado.
As agressões foram gravadas em vídeo e entregues à polícia. Nas imagens, é possível ver o homem atingindo a jovem com socos e chutes, além de portar o objeto semelhante a uma arma. Testemunhas confirmaram os relatos.
O caso foi registrado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) como ameaça e lesão corporal leve.
Encerramento das atividades
As agressões ocorreram no Bar Invasão do Teatro. Após o episódio, o estabelecimento divulgou um comunicado nas redes sociais informando o fechamento do local e que o segurança não fazia parte da equipe.
“O Bar Invasão do Teatro não possui equipe de segurança. A pessoa envolvida no conflito físico não tem qualquer vínculo empregatício conosco. Embora já tenha prestado serviços de forma autônoma no passado, na ocasião ele estava no bar como cliente, não exercendo qualquer função para a casa”, diz a nota.
O estabelecimento também relatou ter sido alvo de ameaças e atos de vandalismo. “Nossa equipe sofreu agressões e ameaças, e nosso patrimônio foi alvo de vandalismo, resultando em danos elevados”, informou a administração do bar.
Segundo o comunicado, o encerramento ocorreu por falta de condições de continuidade. “A falta de condições econômicas e, principalmente, psicológicas para continuar nos forçou a tomar esta difícil decisão”.
(Informações RIC)