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Sargento Prates critica atitude ‘irresponsável e infantil’ de Franklin em votação de projeto contra assédio

Juliel Batista –

A polêmica continua. Desta vez, o vereador Sargento Prates (PL), por meio de suas redes sociais, veio rechaçar os comentários de que seria contra o projeto aprovado “A Rua é Pública, Meu Corpo Não”, votado na última sessão da Câmara Municipal de Dourados, realizada na última segunda-feira (12). Embora aprovado em segunda votação, o projeto não contou com o apoio do vereador Prates, que alegou haver um cunho ideológico na proposta.

Durante a sessão, o vereador Franklin (PT) apresentou um projeto de lei voltado à conscientização e ao enfrentamento do assédio sexual e de outros crimes contra a dignidade sexual nas vias públicas do município.

Segundo o vereador Sargento Prates, a situação tomou outro rumo quando o petista leu uma carta da Secretaria de Mulheres do PT. Prates afirmou que, se a carta tivesse sido retirada, ele votaria a favor do projeto.

“Não fui contra o projeto, mas em segunda votação o vereador Franklin tenta puxar o cunho ideológico (…) Então ele tenta puxar lendo uma carta de mulher espetista. [Franklin] tenta induzir o PT na lei. Ele [estava] sendo aprovado com essa carta de mulheres petistas. E eu não aceitei. Eu pedi pra ele retirar a carta, que eu retirava o pedido de vista e votaria a favor do projeto.” disse o vereador Sargento Prates.

Prates reforça que o projeto é importante para Dourados, mas que não votou a favor devido à vinculação partidária da proposta, especialmente pela participação da Secretaria de Mulheres do PT. Segundo ele, quem agiu de forma partidária foi Franklin, ao insistir na leitura da carta.

“Quem estava usado lá do partidário é o vereador. Ao ler a carta, e mesmo indagado, não quis retirar a carta. E eu tenho compromisso de não fazer esse tipo de voto.” continuou Sargento Prates.

Sobre a polêmica em torno do suposto “tumulto” durante a sessão, Prates negou que tenha havido qualquer desordem. Ele afirma que apenas exerceu seu direito de se manifestar na tribuna da Câmara.

“(…) eu indaguei e na minha fala eu fui atropelado por ele [Elias Ishy/PT]. [Naquele momento] eu peço a presidente que garanta a minha fala que ele ficou falando do outro lado então isso aí não é tumulto. [Eu disse], presidente garanta a minha fala democrática porque ele teria vez dele de falar ela só esperar e o vereador ficou tumultuando não deixando eu explicar a real intenção do meu voto.” disse o Sargento Prates à Folha de Dourados.

Sargento Prates ainda ressaltou que Dourados jamais havia presenciado uma polarização entre os vereadores como a atual. “Algumas ações decorrentes dessa polarização deixam os vereadores até assustados, mas você vê que isso também é democracia, né?”, disse o vereador.

Indignado com a proporção que a votação tomou, Prates criticou a postura do vereador Franklin, classificando-a como audaciosa e infantil.

“O vereador aprovou a lei dele lá em favor do que ele propôs para fazer, teve meu voto em primeira discussão, eu votei favorável a esse projeto e eu achei audacioso da parte dele, infantil da parte dele e irresponsável da parte do vereador Franklin colocar todos os vereadores [em um] endossamento de uma carta de mulheres do PT e o vereador de direita tem que votar nisso. Irresponsável dele.”

Ainda segundo Prates, muitos vereadores nem sequer se atentaram ao conteúdo do projeto, que estava vinculado à carta da Secretaria de Mulheres do PT. Ele ainda acusa Franklin de usar a votação com fins políticos.

“Ele usou o lado político na votação, achando que estava ganho e os vereadores votaram no escuro. Muitos vereadores não se ativeram nem o que votou, nem o meu pedido de. Vista e nem na lei que foi votado.”

(atualizado às 14:22 para enfatizar a vinculação do projeto à carta da Secretaria de Mulheres do PT, no penúltimo parágrafo)

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