A Justiça condenou, nesta sexta-feira (31), André Maia Tavares Vasconcelos a 14 anos e 2 meses de prisão pelo assassinato de Júnior Ferreira de Araújo, de 41 anos, morto em 13 de dezembro de 2024, no bairro Universitário, em Campo Grande (MS). Além da pena, o réu deverá pagar indenização de R$ 10 mil à família da vítima.
De acordo com a denúncia, Vasconcelos foi contratado em Ponta Porã para executar o crime. Após se instalar próximo à residência de Araújo, ele atraiu a vítima sob falso pretexto e disparou três tiros à curta distância, sem chance de defesa.
A promotoria sustentou que o homicídio foi cometido por motivo torpe, mediante promessa de pagamento de R$ 10 mil, e com recurso que dificultou a reação da vítima. As investigações apontaram que o crime estaria relacionado a um acerto de contas envolvendo contrabando de cigarros e drogas, já que Araújo teria desviado uma carga pertencente ao mandante, cujo processo tramita separadamente.
Por maioria dos jurados, o Tribunal do Júri acolheu a tese do Ministério Público. O juiz presidente fixou a pena-base em 17 anos de reclusão, mas reduziu a condenação em razão da confissão espontânea do réu, considerada como atenuante.
O crime foi classificado como hediondo, e o cumprimento da pena será imediato, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). A indenização de R$ 10 mil deverá ser corrigida monetariamente e acrescida de juros.
O mandante do crime permanece foragido, e o processo referente a ele foi desmembrado do caso principal. (J.B)

