Na noite de sábado (27), Ana Carolina Ramires e Symo Machado Duarte, representantes do povo Guarani-Kaiowá, foram coroados como Miss e Mister Indígena de Dourados 2024 em um evento marcado pela celebração da cultura e tradição indígena.
A 12º edição do concurso aconteceu na Aldeia Jaguapiru. Além da beleza, os ganhadores foram avaliados pelo envolvimento e conhecimentos envoltos a cultura.
O concurso acontece em comemoração ao mês dos Povos Indígenas, o dia foi celebrado em 19 de abril. Os participantes desfilaram com trajes típicos das culturas Guarani, Terena e Kaiowá. Nesta edição, os as roupas foram produzidos pelos próprios candidatos.
Os trajes foram confeccionados na oficina, intitulada Ñañemonde Porã (Nos vestindo bem), que incluem as vestimentas tradicionais, acessórios e pinturas corporais que representam a identidade étnica e cultural de cada concorrente. Elas foram pensada após cada um passar por escutas com anciões indígenas de cada etnia. O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo.
O concurso, também contou com apresentação de grupo de dança da etnia Terena, de canto, da etnia Guarani e música com Dj Indígenas John Lenon Verom.
Participaram da comissão avaliadora, o professor de Geografia e de língua terena, Eliel Terena, professora Ebifania da Silva Ortiz, da etnia Kaiowá, Rose Davalos, paraguaia de ascendência indígena, Luiz Carlos de Souza, maquiador e Padre Eduardo Lima, presidente fundador da UNIVIDA (Instituto social).
Além deles, também estiveram presentes o vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, “o Barbosinha”, o prefeito de Dourados, Alan Aquino Guedes de Mendonça (PP) e o secretário de cultura do município, Francisco Marcos Rosseti Chamorro.
Concurso – Conforme a organização, o Miss e Mister Indígena serve como uma plataforma para promover a conscientização a respeito de questões que afetam as comunidades indígenas, como direitos territoriais, preservação ambiental, saúde e educação.
Agora, Ana Carolina e Symo vão representar a comunidades em eventos culturais, sociais e ambientais, como embaixadores da cultura indígena douradense. (Com Natália Ollive, do Campo Grande News)
