18/03/2017 11h18
Reforma: Reinaldo aumenta de R$ 10 mil para R$ 24 mil salários do 2º escalão
Por: Folha de Dourados
Em alguns casos o salário do comissionado pode triplicar
No decreto que mudou o organograma do governo estadual, após a reforma administrativa, o governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) alterou de DGA-1, com salário de R$ 10,4 mil, para DGA-0, salário de R$ 24 mil, símbolos do cargo de diretor-presidente de autarquias e fundações.
Em alguns casos, como o diretor-presidente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Gerson Claro, a mudança não interfere, já que ele foi nomeado, desde o começo do governo, como secretário especial, já com salário de Secretário de Estado, R$ 24.376,89.
Ao todo, 18 cargos, do chamado 2º escalão, serão beneficiados com a mudança no símbolo do cargo de Direção Superior e Assessoramento, função de Diretor-Presidente, o que na opinião do governador Reinaldo Azambuja não vai influenciar na economia prevista com a reforma administrativa.
“Teremos uma economia maior. Com adequação, extinguimos 16 superintendências, algumas subsecretarias precisam ter aporte de pessoal para gestionar a gestão. Entre demissões e admissões teremos ganho enorme, dentro dos R$ 130 milhões (previstos) de economia com a reforma” (sic) frisou o tucano.
Além do Detran, o diretor-presidente da Agraer (Agência Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Enelvo Felini (PSDB), também já recebe como secretário especial, DGA-0, assim como Maria do Carmo Avesani Lopes, que após a extinção da pasta que comandava, Habitação, ficará à frente da Agehab (Agência Estadual de Habitação).
A mudança, em alguns casos, será de aumento considerável de salário com o acréscimo de DGA. Como o diretor-presidente da Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), Aud Chaves, que, segundo o Portal de Transparência do Estado, recebe, bruto, cerca de R$ 7,7 mil. O diretor do Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Luciano Chiochetta, recebe, de dois vínculos, pouco mais de R$ 11,8 mil. O maior aumento, em termos gerais, será para o diretor-presidente da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), Davi José Bungenstab, com salário atual de R$ 4,9 mil.
Alguns diretores-presidentes são nomeados com o ‘assessores especiais’ e recebem atualmente R$ 17 mil, também será beneficiados com a medida, são eles Marcelo Miranda, da Fundação de Esporte, Justiniano Vavas, da Fundação de Saúde, o ex-deputado Youssif Domingos, da Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos), e Jorge Martins, da Previdência, que também acumula uma aposentadoria de R$ 17 mil como servidor inativo.
Recebem, atualmente, com DGA-1 os diretores das fundações de Turismo (Nelson Cintra dá lugar a Bruno Wendling), do Trabalho, Wilton Acosta (PRB), da Fertel, Bosco Martins (SD) e da Escola de Governo, Wilton Paulino. O novo diretor-presidente da Agesul, Emerson Pereira, empossado ontem, sexta-feira (17), atualmente recebe DGA-1 como secretário adjunto de Infraestrutura.
Apenas os salários dos diretores-presidentes da Sanesul, Luiz Rocha, e da MSGás, Rudel Trindade, não constam no Portal de Transparência. O governo também estuda um novo diretor-presidente para o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), cargo atualmente pelo secretário de desenvolvimento, Jaime Verruck.
Apesar de não constar na relação de diretores-presidentes, o agora ex-titular da Sepaf (Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar), pasta fundida à Secretaria de Desenvolvimento, Fernando Lamas, segue no governo com o mesmo salário de secretário, agora desempenhando a função de ‘Assessor Especial na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar’, sob comando de Verruck.(Mídiamax)
Nota da Redação
Após a publicação da matéria de que diretores-presidentes de autarquias e fundações do governo estadual teriam aumento do DGA, a assessoria jurídica da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), informou que a medida só se aplica à Agehab (Agência Estadual de Habitação).
O próprio governador, quando questionado do aumento de DGA para diretores-presidentes, afirmou que a medida não afetaria a os planos de economia com a reforma administrativa, que pode chegar a R$ 130 milhões em 2017.
A Agehab será comandada pela agora ex-secretária de Estado de Habitação, Maria do Carmo Avesani Lopes, que manterá a remuneração de R$ 24,3 mil, assim como o ex-secretário de produção, Fernando Lamas, designado para função de ‘secretário especial’ na Semagro (Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar).
O decreto com as alterações na estrutura governamental foram publicadas no Diário Oficial do Estado da última quarta-feira (15), e o artigo que trata da alteração de DGA não deixa específica que a medida se refere apenas à direção da Agehab.
