A taxa de recusa familiar para a doação de órgãos em Mato Grosso do Sul chega a 60%. Isso significa que, em seis a cada dez abordagens feitas com familiares de possíveis doadores, a autorização não é concedida.
Segundo a CET/SES (Central Estadual de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde), entre os meses de janeiro e setembro de 2025, foram realizados no Estado 218 transplantes de córnea, 39 de fígado, 16 de rim e 4 de ossos.
Mesmo com os desafios, Mato Grosso do Sul já ocupa a 4ª posição no ranking nacional de transplantes de fígado por milhão de habitantes, com uma taxa de 17. O Estado fica atrás apenas do Distrito Federal (48,3), Paraná (21,0) e Ceará (18,6), conforme informações do RBT (Registro Brasileiro de Transplantes).
A legislação brasileira determina que apenas cônjuge, companheiro ou parentes de até segundo grau podem autorizar a doação de órgãos e tecidos, mediante a presença de duas testemunhas. Por isso, é essencial que a pessoa manifeste em vida sua vontade de ser doadora e que essa escolha seja compartilhada com a família.
Setembro Verde – Durante este mês, duas ações públicas buscam conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos em Mato Grosso do Sul.
No dia 21 de setembro, das 8h às 10h30, acontecerá a 2ª edição da caminhada “Passos pela Vida”, no Espaço de Múltiplo Uso Arquiteta Zuleide Simabuco Higa, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. A atividade é promovida por instituições parceiras, como a Assembleia Legislativa, Fratello Transplantes, Hospital Adventista e CET/MS.
Já no dia 22 de setembro, às 19h, será realizada uma sessão solene para a entrega do Diploma de Honra ao Mérito Legislativo “Amigo do Transplante”, instituído pela Resolução nº 32/2019. A cerimônia ocorrerá no Plenário Deputado Júlio Maia, no Palácio Guaicurus, e homenageará pessoas e entidades que contribuem para a cultura da doação no Estado.
De acordo com o TopMídia News, as ações integram o movimento Setembro Verde, voltado à promoção da doação de órgãos e à valorização da vida. (M.E)
