José Henrique Marques –
Opressão – Funcionários do Hospital da Vida e da UPA, vinculados à Fundação de Saúde, têm protesto programado para amanhã em frente à Prefeitura, a partir das 08h30. Com salários bisonhos, sem férias, sem vacina, sem FGTS e sofrendo assédio moral – o caldo entornou.
Majestade – O secretário de Governo Henrique Sartori comprova na Prefeitura a fama que conquistou dentro da UFGD: é hábil articulador, mas intransigente. Dentro e fora do Casarão da Coronel Ponciano já é chamado, à boca pequena, de primeiro-ministro. É o mandachuva dessa administração. O chefe, para não pagar de rainha da Inglaterra, está de olho nele.
Queda de braço – A crise na Saúde, com as substituições do diretor-presidente da Fundação e do secretário, expos divergências entre Sartori e o vice-prefeito e médico Guto Moreira (PL), na indicação de nomes e critérios de gestão.
Espaço – Ocorre que Sartori e Guto têm pretensões eleitorais. Vislumbram candidatura à Câmara dos Deputados, com apoio, claro, do prefeito Alan Guedes (PP), que por hora tem apenas um candidato – e a deputado estadual: seu pai, Eudélio Mendonça.
Raposa – O projeto do secretário e do vice esbarra em interesses do deputado estadual e presidente do PP, Evander Vendramini, que também pretende trabalhar no salão verde do Congresso Nacional e não abrirá mão do apoio do prefeito de Dourados eleito com 20.8% do eleitorado douradense.
2022 – O arrefecimento da onda bolsonarista de extrema-direita com o genocídio brasileiro em curso, anima setores progressistas da política brasileira. Em MS, nos bastidores, cresce o nome do médico não-negacionista e presidente da Cassems Ricardo Ayache para disputar o Governo do Estado ano que vem pelo PSB. Se chegar no segundo-turno aglutina gregos e troianos em torno dele. É uma reserva moral e ótimo quadro suprapartidário. Na semana passada, Ayache esteve em Dourados e conversou com o vereador Maurício Lemes e com o médico Davi Infante Vieira.
Pandemia – O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED), Nilson Santos, está numa cruzada para que o prefeito e vereadores concedam redução dos impostos, taxas e contribuições na mesma proporção impostas pelas medidas restritivas ao comércio.
Jogo sujo – Investigação em curso na Polícia Civil de Dourados inibiu, ao que parece, a estruturação de um gabinete do ódio dentro da Prefeitura, nos moldes bolsonaristas. Cuidado, “quem com ferro fere com ferro será ferido”, ensina dito popular.
Jogo duro – A Secretaria Municipal de Educação está enviando livros de ponto digital às escolas. Interessante é que estão querendo conferir o ponto, mas sem professores. As aulas iniciaram na segunda passada e o processo seletivo saiu nessa semana. Está parecendo que o maior projeto é a opressão e não a melhoria na educação.
