Arquivo Morto – 17/03/2008
Após recordar sobre os atentados aos advogados criminalistas em Dourados que até hoje estão sem solução quanto às autorias e aos supostos mandantes, a folha de dourados coloca em discussão o assassinato do ex-vereador Adenilson Azola de Araújo, o “Azola do Burro”, ocorrido por volta das 17h15 do dia 27 de fevereiro de 1.997, no cruzamento das ruas Monte Alegre com a Natal, no Jardim Ouro Verde.
Eleito no pleito de 92 com expressiva votação pelo PMN (Partido da Mobilização Nacional) sem dinheiro e contando com a ajuda de uma carroça, um carimbo com seu número de cédula eleitoral e de um megafone, “Azola do Burro” como era mais conhecido o ex-vereador, ao ser atingido com três tiros a curta distância, morreu no local e até hoje a autoria e a identificação de suposto mandante ainda é desconhecida pela polícia.
No atentado a “Azola do Burro”, que dizia ser uma pessoa bairrista e extremamente municipalista, como vereador defendeu a criação da Sanedor, Enedor, Teledor e até mesmo do Estado Modelo, onde sonhava dividir Dourados e cidades da região com as demais do Mato Grosso do Sul, principalmente de Campo Grande, a atual capital, um amigo dele identificado apenas por “Maninho” e que presenciou o crime foi visto apenas no velório do então ex-vereador ocorrido no salão do prédio da antiga Câmara Municipal, ao lado da Igreja Presbiteriana, e desde então nunca mais foi visto pela cidade. “Será que mataram ele também ou por temer pela sua vida fugiu da cidade”, questiona-se muitas pessoas sobre este fato.
“Maninho” de acordo com informações obtidas na época pela polícia seria peça fundamental na suposta investigação, pois ele teria ficado frente a frente com o pistoleiro que matou seu amigo, que dos três tiros que recebeu, um deles o atingiu na altura da nuca que atravessou um dos olhos do ex-vereador.
“Maninho” -e também algumas pessoas que presenciaram a execução- se limitaram na época a informar que o pistoleiro para fugir contou com a colaboração de um comparsa que o aguardava em um automóvel de cor escuro nas proximidades do posto de saúde do bairro onde o já ex-vereador residia, e os dois fugiram em sentido à avenida Marcelino Pires sem ser supostamente identificados. (Waldemar Gonçalves – Russo)
Fonte: Folha de Dourados


