Deomira Conci, de 76 anos, foi encontrada morta com marcas de violência em um matagal, próximo à fronteira com o Brasil. Polícia investiga se crime ocorreu em território brasileiro. O corpo foi localizado no dia 8 de setembro, no bairro Juan Manuel de Rosas, em Bernardo de Irigoyen.
A região é próxima da Rota Nacional 101, rota frequentemente utilizada para cruzar a fronteira entre os dois países. Segundo as autoridades argentinas, o corpo apresentava diversos ferimentos, incluindo golpes de faca na cabeça, pescoço, costas, braços e abdômen. Havia ainda sinais de um forte impacto no crânio.
Os peritos acreditam que a idosa foi morta poucas horas antes de ser encontrada e que a mata tenha sido usada apenas para ocultação do cadáver.
No local, a polícia encontrou objetos pessoais como um par de sapatos, um óculos e a capa do banco traseiro de um carro com manchas de sangue. A identificação do corpo foi feita pelo filho de Deomira e confirmada pelas impressões digitais.
Idosa encontrada morta na Argentina: crime pode ter ocorrido no Brasil
A principal linha de investigação aponta que o assassinato pode ter ocorrido em território brasileiro e o corpo tenha sido transportado até a Argentina. A hipótese surgiu após análise da cena e da posição em que o corpo foi encontrado, além de vestígios de deslocamento.
As polícias da Argentina e do Brasil trabalham de forma integrada para esclarecer o caso. Em São Miguel do Oeste, a Polícia Civil acompanha o andamento da investigação.
Durante as investigações, um ex-policial voluntário argentino foi preso como suspeito de envolvimento no crime. O veículo do homem foi apreendido e passou por perícia. No carro, foi constatada a ausência da capa do banco traseiro, peça idêntica à encontrada com manchas de sangue na área da mata.
Dentro do automóvel, também foram encontrados fios de cabelo e um celular, que estão sendo analisados pelas autoridades argentinas.
Investigações seguem em sigilo
De acordo com o delegado regional de São Miguel do Oeste, Wesley Almeida Andrade ao portal NDmais, exames complementares estão sendo realizados e ainda não há prazo definido para a conclusão do inquérito. “As informações estão sendo mantidas sob sigilo para não comprometer as investigações”, afirmou.
(Informações RIC Notícias)