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Prefeitura pretende contratar médicos pagando R$ 9,7 mil a menos que Alan Guedes

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José Henrique Marques –

O argumento utilizado pelo prefeito Alan Guedes (PP) de que precisava reajustar o salário dele, do vice e do secretariado para viabilizar a contratação de médicos foi por água abaixo em 20 dias.

A retórica do prefeito e de vereadores de sua base de sustentação política na Câmara era de que uma das causas do caos na saúde pública de Dourados é a baixa remuneração paga aos médicos, cujo teto é o salário do chefe do Executivo.

Esse diagnóstico é consensual e justifica, em tese, a falta de médicos nos postos de saúde e na UPA. Mas pelo visto, foi apenas usado na tentativa de convencer a opinião pública da necessidade do alto escalão da Prefeitura a ter aumento de até 64%, enquanto aos demais servidores municipais foi oferecido reajuste de 20% em quatro anos – 5% em 2022.  

Ontem (04), o Diário Oficial publicou edital tornando público a realização de processo seletivo para contratação temporária de profissionais para a Secretaria Municipal de Saúde. Para os médicos (13 vagas) está determinado salário de R$ 8.418,00 + 50% de gratificação por produtividade, ou seja R$ 12.627,00 no máximo, portanto, bem abaixo do teto de R$ 21.900,00 – o novo salário prefeito.

No edital, também chama a atenção a celeridade do processo. As inscrições ocorrem hoje e a amanhã para começar a trabalhar semana que vem, o que inviabilizará o chamamento de médicos de fora de Dourados.

O Projeto de Lei Nº 4.755 de reajuste no salário do prefeito, do vice e secretários municipais aprovado na madrugada de 15 dezembro, na Câmara, foi sancionado pelo prefeito no dia 30 passado, virando, assim, Lei.

10 vereadores foram a favor do aumento de quase seis vezes acima da inflação para o prefeito: Maurício Lemes, Daniel Júnior, Daniela Hall, Marcão da Sepriva, Liandra da Saúde, Cemar Arnal, Jânio Miguel, Olavo Sul, Sérgio Nogueira e Diogo Castilho.

Sete vereadores foram contra o reajuste: Marcelo Mourão, Fábio Luís, Elias Ishy, Juscelino Cabral, Lia Nogueira, Rogério Yuri e Márcio Pudim.

Desde de 1º de janeiro, Alan Guedes deixou de ganhar R$ 13.804,56 para receber R$ 21.900 – aumento de 58%. Já o vice Guto Moreira passou dos R$ 9.663,15 para R$ 15.900 – 64% de reajuste.

Já o secretariado teve aumento de 43% e deixou de ganhar R$ 9.663,15 para receber R$ 13.900.

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