geral – 25/10/2009
Em Bela Vista (MS), cidade a 320 quilômetros de Campo Grande, a situação dos servidores da Receita é uma das mais graves, segundo constatou a equipe do Sindireceita que fez levantamento em 16cidades sobre as deficiências e as fragilidades da aduana nas fronteiras terrestres do Brasil.O prédio da aduana na cidade está fechado e funcionários trabalham apenas na Inspetoria da Receita, em um edifício anexo a menos de 500 metros da fronteira com o Paraguai.”Paredes e portas do prédio usado para a fiscalização têm marcas de balas disparadas por ladrões. Em pouco mais de duas horas, o Sindireceita registrou a passagem de dezenas de carros e caminhões carregados de mercadorias sem fiscalização”, detalha o estudo.Em Cáceres (MT), situada a 225 quilômetros de Cuiabá e a 80 da cidade boliviana de San Matías, a situação não é diferente. Há mais de um ano não é feita ação de vigilância e repressão na área de aduana e estradas, segundo o sindicato.”O controle que existe é feito em um posto do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) da Polícia Militar de Mato Grosso, que fica a 45 quilômetros da fronteira com a Bolívia.”Na região Sul, segundo o levantamento, o controle aduaneiro em Paraíso (SC) foi fragilizado com a ampliação da rodovia federal BR-282, que facilitou a travessia de veículos leves e pesados, segundo aponta o levantamento.”A fiscalização é feita por um agente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cdasc), que trabalha para impedir a entrada de gado e de carne com osso do país vizinho, em razão de possíveis embargos internacionais ao produto em caso de surgimento de febre aftosa”, informa o Sindireceita.Em Dionísio Cerqueira (SC), a equipe do sindicato constatou que mais de 1.500 veículos passam diariamente pelo posto de fiscalização da Receita desse município. A poucos metros do posto do fisco, trilhas foram abertas em terrenos vazios e servem de passagem para moradores e comerciantes do lado do Brasil e da Argentina.
Fonte: Folha