O funcionário de um hospital na Itália foi acusado de faltar ao trabalho enquanto recebia salário integral por 15 anos. Conforme a imprensa local, o homem identificado como Salvatore Scumace deixou de comparecer ao expediente no hospital Pugliese-Ciaccio, na cidade de Catanzaro, no Sul do país, em 2005, logo após ser admitido.
Scumace será investigado por fraude, extorsão e abuso de poder. Estima-se que ele tenha recebido 538 mil euros (3,5 milhões na cotação atual) durante o período sem trabalhar. Outros seis gerentes do hospital também estão sendo investigados no caso.
A polícia também acusou o funcionário de ameaçar sua gerente e a família dela para impedi-la de preencher um relatório disciplinar contra ele. Após a aposentadoria dessa chefe, a ausência contínua do funcionário nunca foi reportada pelo sucessor ou pelo setor de Recursos Humanos.
As prisões são resultado de uma operação policial que mira o padrão habitual de ausências no processo de trabalho e suspeitas de fraude no setor público italiano.
Em julho de 2020, quando começaram as investigações, o hospital Pugliese-Ciaccio deu início ao primeiro procedimento disciplinar contra Scumace, confiado a uma comissão especial. O grupo, porém, determinou a “inexistência da possibilidade de impugnação disciplinar contra o funcionário”. Dois membros dessa comissão agora também são apontados como suspeitos no esquema. (Extra)