Depois de declarações críticas do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aos termos contratuais sugeridos pela farmacêutica Pfizer, a empresa respondeu.
De acordo com o ministro, a empresa exige não responder pelos efeitos colaterais registrados no Brasil. Ele também citou “500 mil doses” e afirmou que não seriam suficientes para o início da vacinação dos brasileiros.
O comunicado divulgado pela Pfizer, porém, afirma que ainda em agosto de 2020 foram ofertadas 70 milhões de doses da vacina com previsão para início em dezembro do ano passado e que os termos oferecidos ao Brasil “estão em linha com os acordos fechados em outros países do mundo”.
A nota da Pfizer informa que as tratativas começaram em junho de 2020 e estão protegidas sob um acordo de confidencialidade. A farmacêutica aguarda a decisão do governo do Brasil, mas alerta que a disponibilidade de doses e o cronograma de entregas para o país “depende da data do fechamento do contrato de fornecimento diante da alta procura por doses e de contratos com outros países ainda em andamento”.
Foram encaminhadas três propostas ao governo do Brasil “para uma possível aquisição de 70 milhões de doses”, segundo a nota. Os termos apresentados na primeira delas consideravam uma quantidade inicial do imunizante para início da vacinação no mês de dezembro de 2020.
Serão produzidas, de acordo com a Pfizer, cerca de 1,3 bilhão de doses da vacina até o final de 2021 em cinco fábricas nos Estados Unidos e na Europa. A empresa está em processo de submissão contínua do imunizante à Anvisa e afirma que “permanecerá à disposição do Governo para concretizar um acordo que beneficie os brasileiros”. (Revista Painel Político)