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Paulo Gonet diz que réus do julgamento do Bolsonaro ‘fizeram questão’ de documentar passos


Durante o primeiro dia de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros sete réus nesta terça-feira (2), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou o motivo pelo qual existem tantas provas no caso. De acordo com ele, o ex-chefe do Executivo e seus aliados “fizeram questão de documentar os passos da empreitada”.

Segundo o chefe do Ministério Público Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros sete réus “não negam realidade, mas buscam se mostrar alheios” à mesma.

“O grupo, liderado pelo presidente Jair Bolsonaro desenvolveu e implementou um plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022 e minar o livre exercício dos demais poderes funcionais, especialmente do Poder Judiciário. A denúncia não se baseou em conjecturas ou suposições frágeis. Os próprios integrantes da organização criminosa fizeram questão de documentar quase todas as fases da empreitada”, destacou.

Além disso, Paulo Gonet enfatizou as ações de Bolsonaro, como a reunião com a cúpula das Forças Armadas para a apresentação de planos golpistas. Também lembrou que o ministro da Defesa convocou militares para revelar estratégia adotada e que o Comandante da Marinha “chegou a assentir ao convite” à tentativa de golpe de Estado.

Paulo Gonet: era preciso “instaurar o caos” para “desenrolar o golpe”

O chefe do Ministério Público Federal também frisou que a campanha golpista ganhou corpo com acampamentos bolsonaristas em frente ao quartel general do Exército e indicou que o “momento culminante da balbúrdia se deu em 8 de janeiro de 2023”. Segundo Gonet, a “instauração do caos era considerada etapa necessária do desenrolar do golpe, para atrair adesão das Forças Armadas”.

Paulo Gonet também destacou o plano de assassinato de autoridades, entre eles do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O PGR lembrou que o plano para matar o relator da ação penal foi exposto pelo general Braga Netto e confessado pelo general Mário Fernandes, réu em outra ação que trata sobre o golpe.

(Informações RIC Notícias)

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