Ele literalmente transformou a dor em amor e hoje salva vidas. Este pai, que perdeu o filho com leucemia, hoje leva crianças carentes para fazerem tratamento contra a doença. Pequenos pacientes de regiões ribeirinhas que não tiveram acesso aos melhores médicos e remédios agora têm.
Carlos Daniel morreu com apenas 7 anos em 2015, em São Paulo, após uma longa batalha contra a doença, longe dos amigos e familiares que são do Amapá. Na mesma época, o pai dele, Agenilson Silva, decidiu ajudar outras crianças que enfrentavam o câncer e iniciou um trabalho nobre, que leva esperança e conforto a tanta gente.
Ele criou a ONG Carlos Daniel – Lutando pela Vida, com o mesmo nome do filho dele, para apoiar as famílias, garantir o agendamento para o tratamento gratuito em São Paulo, além do Acolhimento, com alimentação e transporte. “Não consegui salvar o amor da minha vida, que era o Carlos Daniel, mas hoje eu ajudei a salvar o amor de muitas famílias”, disse Agenilson em entrevista ao Só Notícia Boa.Comercial
Virou referência
Vendo a dificuldade de muitos pais que precisam sair do estado para acompanharem os filhos no tratamento, Agenilson decidiu usar sua própria experiência para fazer a diferença. E deu certo.
Nesses 10 anos de atuação, a ONG Carlos Daniel já impactou mais de 100 crianças em todo o Amapá, salvou ofertas delas e virou referência local na assistência a pessoas com câncer.
A organização também é associada à Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência a Crianças e Adolescentes com Câncer do Brasil (Coniacc). E ele faz tudo isso recebendo doações.
A pequena Elisa
Uma das crianças que Agenilson se comprometeu a levar ao Amapá para tratamento em São Paulo foi a Elisa, uma garota com leucemia, como o filho dele.
“A Elisa foi preparada com leucemia e precisou sair da nossa região para um grande centro de tratamento contra o câncer infantojuvenil”, conto.
A menina é ribeirinha, mora numa região alagada; Lá só se chega de barco.
Foi com a menina até SP
E Agenilson planejou horas de viagem, mas chegou até a casa da família dela para buscar a Elisa.
Depois de conversar com os pais dela e ver de perto a realidade deles, Agenilson deixou esperança no lugar da preocupação.
Ele levou Eisa até o aeroporto e de lá até São Paulo para a garota continuar o tratamento que eu fiz.
Combustível para continuar vivendo
Questionado sobre como sente pelo que proporciona às famílias como a da Elisa, Agenilson disse:
“[Esse trabalho] É o meu combustível para continuar vivendo. É ver criança voltar curada. É isso que alimenta o meu coração, a minha alma o meu dia a dia”, concluiu
Como ajudar a ONG
Hoje a ONG Carlos Daniel acompanha pelo menos 50 famílias, dentro e fora do estado do Amapá, dando suporte logístico e estrutural para o acompanhamento de crianças doentes.
A entidade consegue vagas para tratamento oncológico, dá suporte jurídico às famílias dos pacientes, acolhimento em casas de apoio parceiras, viabiliza passagens aéreas, acompanha as crianças no tratamento e ainda faz alimentos e brinquedos para elas.
Para ajudar, fale com eles pelo e-mail [email protected]
A conta bancária para doações é no Banco do Brasil – Agência 3851 – Conta Corrente 36.837-7
(Informações Só Notícia Boa)