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Operação Pavo Real II leva Justiça a acelerar extradição de suspeito ligado a Jarvis Pavão

Redação –

As autoridades brasileiras formalizaram o pedido de extradição de Alexandre Rodrigues Gomes, filho do falecido deputado paraguaio Eulalio “Lalo” Gomes, para que ele responda a acusações graves de participação em organização criminosa, tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

A solicitação, enviada pelo Tribunal Federal de Porto Alegre, foi acatada pela juíza paraguaia Lici Sánchez, especializada em crime organizado. A magistrada determinou o início dos procedimentos e agendou para este sábado (29) uma audiência de identificação, que será realizada de forma remota. A partir desse ato, os trâmites para a extradição seguem para análise das autoridades paraguaias.

Acusações envolvem envio de cocaína ao Brasil e lavagem de dinheiro

O pedido de extradição aponta que Alexandre seria peça-chave em um esquema de importação de cocaína para o Brasil, além de atuar no envio sistemático de drogas ao exterior. As investigações afirmam que ele utilizava diversas empresas e intermediários para movimentar fundos ilícitos, adquirir mercadorias e pagar cúmplices, tudo por meio de mecanismos complexos de ocultação financeira.

Alexandre é apontado pelas autoridades como um narcotraficante com operações ativas tanto no Paraguai quanto no Brasil, responsável por múltiplos envios de drogas por via aérea.

Operação Pavo Real II e ligação com Jarvis Pavão

As movimentações financeiras e logísticas de Alexandre foram mapeadas pela Polícia Paraguaia durante a Operação Pavo Real II, que investiga esquemas ligados ao narcotraficante Jarvis Pavão, atualmente preso no Brasil.

As autoridades tiveram acesso a sigilos bancário, fiscal e telefônico, revelando que o investigado utilizava recursos oriundos do tráfico para construir um prédio em parceria com associados, além de movimentar dinheiro por meio de contas de terceiros (os chamados “laranjas”).

Prisão e morte do pai durante operação

Alexandre está atualmente preso preventivamente no Presídio Martín Mendoza, em Emboscada, desde a operação que também resultou na captura de seu pai, o deputado Eulálio Gomes.

Conhecido como “Lalo”, o parlamentar paraguaio foi morto na madrugada de 19 de agosto de 2024, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã (MS). Ele foi alvejado durante uma ação conjunta do Serviço Único de Inteligência e do Ministério Público paraguaio, realizada justamente na residência de Alexandre, como parte da Operação Pavo Real II.

Além da carreira política, Lalo atuava como pecuarista e enfrentava diversas denúncias de envolvimento com o narcotráfico e o crime organizado na fronteira. Ele tinha forte influência na região entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, área historicamente marcada por disputas entre facções e tráfico de drogas.

Próximos passos

Após a audiência, caberá às autoridades paraguaias decidir sobre a entrega de Alexandre Rodrigues Gomes ao Brasil, onde deverá responder às acusações perante a Justiça Federal.

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