21/03/2013 07h47
Embora a Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Justiça tenham garantido que prenderam o homem que teria incendiado pelo menos dez veículos em Campo Grande, os casos continuam a acontecer em Mato Grosso do Sul. Agora a ameaça, que já foi atribuída ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa baseada no estado de São Paulo, chegou a Dourados, onde na madrugada desta quinta-feira, um GM Montana pegou fogo misteriosamente na rua General Osório, no Jardim América.
O proprietário do veículo, um advogado de 36 anos, acionou o Corpo de Bombeiros por volta da 1 hora da madrugada de hoje, mas o fogo consumiu parcialmente o carro de cor prata e com placas de Dourados – HSX 9102, que estava estacionado em frente à residência do proprietário.
Aos policiais que atenderam a ocorrência, testemunhas disseram que três pessoas se aproximaram do carro e jogaram um líquido inflamável na parte dianteira e atearam o fogo. Próximo ao veículo foi encontrada uma pequena garrafa plástica com vestígios de gasolina.
Desde a semana passada que as polícias Civil e Militar estão em alerta em todo o Estado diante das supostas ações do PCC, assim como fizeram no início do ano em Santa Catariana. No MS já foram incendiados carros em Campo Grande, Sidrolândia, Maracaju e agora em Dourados. Em Três Lagoas um policial aposentado foi assassinato, supostamente a mando da facção.
Ontem, em Campo Grande, foi apresentado à imprensa o foragido de um hospital psiquiátrico, Estevão de Oliveira Alves, 32 anos. Ele confessou ter cometidos os crimes em protesto se baseando “na teoria do caos”, afirmou. “As pessoas me tratavam como mendigo, fiz por protesto mesmo”. Em Dourados, onde morava antes do internamento trabalhava pelas ruas como coletor de material reciclado.
Entretanto, Estevão Alves não admitiu a autoria de todos incêndios em veículos na capital nos últimos dias. Disse que está sendo um “bode expiatório”.
Por: Folha de Dourados
