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‘O amor’, crônica do escritor douradense Elairton Gehlen

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Elairton Gehlen – escritor 

Já vi tantas palestras sobre o amor que me sinto habilitado a fazer a minha. A crônica do amor verdadeiro! Está no coração, está na razão, nas atitudes, na espera, na poesia ou vem da paixão. O amor é lindo e feio ao mesmo tempo, bom e mau, paciencioso e ansioso, compreensivo e irritante. Se não fui muito claro, então melhor ler o próximo parágrafo. 

É certo que já amei, isso não há dúvida. Ninguém casa quatro vezes sem ter amado pelo menos uma, ainda que tenha sido antes do primeiro ou quem sabe durante todo o tempo, o amor é assim, meio inexplicável e pode ser que você se case com alguém amando outro alguém e outro alguém se case contigo amando outro outro alguém. Como dizia Drummond: “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.” Ou que amava ‘também’. 

Amor é racional, por isso é que temos que querer amar. Confirmo isso tentando lembrar do meu primeiro amor. Não tenho a menor ideia de como aconteceu. Foi totalmente irracional e tão forte que durou todo o resto da existência e vai certamente morrer comigo. Isso prova a total irracionalidade do amor. Tem um mandamento que diz que devemos amar nossos inimigos. Sei lá, tem gente que diz que os nossos inimigos existem para que sejamos capazes de perceber o quanto somos bons sendo diferentes deles. Tudo bem, então, amemos os inimigos, mas deixemos que eles sejam diferentes e bem longe! 

Nada como um domingo para pensar, o amor é como um dia de folga, vai chegando sem pressa de acordar e prepara aquela comidinha, palavra que aliás é meio como o amor, tem tantos sentidos que é melhor não tentar definir. Daí fica um tempão sem ter o que fazer e depois, só depois de muito tempo da vontade de comer outra vez, um almoço atrasado, o lanche da tarde, a janta e aquela sopinha da meia-noite. Nada como uma comidinha para alimentar o amor! 

Amor tem algumas classificações, tem até quem defina as linguagens do amor, um livro virou best seller por ter classificado o amor nas cinco linguagens. Meio que cinco quadrados do amor. Já ouviu falar em amor Phileo, amor Ágape e amor Eros? Mais três quadrados. Eu também tenho a minha classificação para o amor, acho que o amor tem que ser… acho que não tem que ser, tem que permitir que o portador seja, contrariando uma vida inteira, eu acho que o amor deve ser libertário. 

E que seja o amor! 

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