12/09/2016 12h11
Organizado desde setembro de 2015 e instituído em dezembro do mesmo ano, o Núcleo de Comissões Hospitalares do HU (Hospital Universitário), da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) completa um ano de trabalho em busca de melhorar os processos, defender os interesses dos pacientes e contribuir no aprimoramento técnico, administrativo e ético por meio da instituição e do funcionamento de comissões na instituição.
Ligado diretamente à Superintendência como órgão de assessoria, o Núcleo reúne hoje 42 comissões, comitês, grupos de trabalhos e equipes, que têm como meta organizar os processos de trabalho do hospital em todas as esferas, fazendo com que temas críticos da instituição sejam solucionados da melhor maneira possível e de forma democrática.
Antes de sua criação, a rotina das comissões não era registrada com eficácia e muitas não cumpriam os requisitos básicos como elaboração e aprovação de regulamento interno e plano de ação, sendo que algumas ainda nem estavam corretamente estabelecidas e compostas.
Coordenadora do Núcleo, a médica Mirna Matsui explica que algumas das comissões são permanentes e obrigatórias, ou seja, existem necessariamente em todos os hospitais por demanda do Ministério da Saúde. No total, o HU possui 21 comissões com esse caráter, em acordo com o perfil do serviço que oferece.
Um exemplo de comissão permanente e obrigatória que já tem suas ações bastante difundidas entre os processos de trabalho do hospital é a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que tem como principal finalidade a redução máxima da incidência e da gravidade das infecções relacionadas ao ambiente hospitalar.
Além da orientação do Ministério da Saúde, a obrigatoriedade da existências dessas comissões é requisito para que o HU consiga o credenciamento para se tornar um Hospital de Ensino e também é item fundamental a ser conferido na avaliação do Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde (PNASS).
Frutos do trabalho
Simultaneamente à reorganização das comissões já existentes, foram criadas novas, em virtude da necessidade de reformulação de alguns processos de trabalho. Uma delas é a Comissão de Documentação Médica e Estatística (CDME), instituída para reorganizar questões relacionadas ao prontuário médico, sob todos os pontos de vista: assistencial, administrativo e de faturamento.
“Hoje, após a organização das comissões, o Núcleo tem como função fazer o monitoramento de todas essas entidades. Elas estão funcionando plenamente e passamos a exigir regulamento interno, plano de ação, cronograma de reuniões ordinárias e as atas dos encontros”, afirma Mirna.
Ela diz que os frutos do trabalho do primeiro ano de atividades já estão surgindo e cita como exemplos o progresso da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), que em 2016 passou a realizar a captação de córneas dentro do HU, de forma célere e com equipe própria; a Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), que periodicamente revisa a lista de medicamentos padronizados a fim de adequá-la ao perfil assistencial, com menor custo;, e a Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), que tenta reduzir a incidência de desnutrição intrahospitalar, quadro que aumenta mortalidade, morbidade, tempo de internação e custos, além de promover discussões de caso e difusão de conhecimentos sobre terapia nutricional.
Para o futuro, a médica expõe que o caminho é reduzir gradativamente o número de comissões, à medida em que os processos se consolidem e os assuntos dos quais elas tratam forem se solucionando, mantendo-se apenas as permanentes e obrigatórias.
Mais informações sobre o Núcleo de Comissões Hospitalares e as comissões, comitês, grupos de trabalho e equipes podem ser conferidas no site do HU: http://www.ebserh.gov.br/web/hu-ufgd/comissoes-comites-nucleos-equipes/apresentacao. (Douradosnews)