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Nota conjunta de professores e alunos questiona ‘parcerias políticas’ na UEMS

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Nova política de “parcerias políticas” em fase de implantação na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) para criação de ofertas de extensão de cursos já existentes em cidades próximas das unidades universitárias está sendo contestada.

Entidades representativas dos professores e alunos tornaram pública nota conjunta dirigida à comunidade acadêmica de Paranaíba.

O cerne da questão está criação de uma extensão do Curso de Direito de Paranaíba a ser oferecida em uma única oferta no município de Cassilândia, para atender aproximadamente 40 alunos, cujas discussões preliminares estão em andamento no Colegiado do Curso de Direito.

“Uma despesa extraordinária de aproximadamente 3.000.000,00 (Três milhões de reais) para criar uma estrutura administrava em desconsideração de outra estrutura já existente em localidade próxima e atender uma demanda específica de apenas 40 alunos seria razoável?”, questiona o documento anexo.

Pela proposta, as despesas para atender uma suposta demanda popular serão providas com recursos de emendas parlamentares, dos cofres das prefeituras e da própria UEMS, a despeito da brutal crise econômica nesses tempos de pandemia.

Além disso, as entidades julgam temeroso gerar despesas adicionais em tempos de crise onde problemas se arrastam há muitos anos sem solução nas unidades universitárias da UEMS.

“É claro que não seríamos contrários a abertura de novos cursos, mesmo nesta modalidade de ‘extensão de uma única oferta’ em municípios vizinhos, se já não tivéssemos tantos problemas estruturais para resolver”, disse à Folha de Dourados um dos signatários da Nota.

O Exemplo de Paranaíba que pretende oferecer uma oferta de Curso de Direito no município vizinho é paradigmático.  Na nota conjunta assinada pela Aduems, Centro Acadêmicos de Direito, Pedagogia e Ciências Sociais, Coletivo Negro e Atlética, a situação está exposta.

De um lado são elencados 21 problemas estruturais da Unidade de Paranaíba.  De outro lado, a proposta de se gastar aproximadamente 3 milhões, 600 mil por ano, no município vizinho, para formar algo em torno de 40 alunos, sendo que a Unidade de Paranaíba já atende aquele município já que 25% de nossos alunos são de Cassilândia.

Só para o Direito pretende-se criar 3 ofertas parecidas, uma extensão de Paranaíba, uma extensão de Naviraí e uma extensão de Dourados.  Levando em conta o relatório de viabilidade técnica levantado para a extensão de Paranaíba, isso custará para prefeituras e o Estado do MS R$ 9 milhões.  Existem vários projetos semelhantes já aprovados na UEMS. Por exemplo, agronomia, extensão em dois municípios. As de Direito ainda não foram aprovadas.

No documento, as entidades pedem “que o tema seja debatido em profundidade no Colegiado do curso de Direito de Paranaíba e no Conselho Comunitário Consultivo da Unidade Universitária, para que a comunidade acadêmica possa avaliar democraticamente a proposta de oferta deste curso fora de sede, com todos os custos envolvidos”.

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