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Nossa feira livre da rua Cuiabá

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Nossa feira livre da rua Cuiabá

Por Ilson Boca Venâncio

Sua criação

Dourados é uma cidade composta por imigrantes de diversas origens desde a sua primeira formação. 

Indígenas, árabes, portugueses, alemães, paraguaios, japoneses, gaúchos, paulistas, mineiros, nordestinos, cariocas entre tantos outros.

 Essa pluralidade se intensificou a partir dos anos 40 e 50 devido a reforma fundiária promovida pelo Governo de Getúlio Vargas.

A implantação da Colônia Federal e a construção da primeira usina geradora de energia elétrica permitiu uma nova direção ao desenvolvimento da nossa cidade.

Com a miscigenação proporcionada pela migração, costumes e hábitos alimentares foram se modificando e aumentando em diversidade e produção. 

Muitos sitiantes apresentando necessidade de incrementar a renda se movimentavam da colônia em direção a cidade para vender seus produtos excedentes.

A princípio cada um trazia seus produtos da maneira em que lhe era possível, vindo a pé ou de cavalo, carroça, bicicleta, caminhão ou jardineira (caminhão com carroceria e bagageiro sobre o teto, permitindo o transporte de muitas bagagem fazendo crescer o comércio e impulsionando a criação da feira livre.   

A “Nossa Feira Livre” foi oficialmente criada e instalada na Praça Central (Antônio João) em 1948 na administração do Sr. Antônio de Carvalho, sendo denominada a feira municipal, Feira Livre de Dourados. 

`Seu Carvalhinho` como era carinhosamente conhecido, paraibano de nascimento da cidade de Guarabira, foi eleito prefeito de Dourados no ano de mil novecentos e quarenta e sete, tomou posse em 1948, momento muito propício, no qual a cidade estava em pleno crescimento populacional e econômico.

Atendendo a uma necessidade do momento teve como parceiro a ACD – Associação Comercial de Dourados, entidade criada em 29 de maio de 1945 para cuidar dos negócios!

Seu Carvalhinho, homem calmo de perfil conciliador pôde na época contar, com o ex. prefeito, naquele momento vereador licenciado João Augusto Capilé como seu secretário.

Com o trabalho participativo e um dos seus feitos daquele momento foi também a arborização da cidade com o plantio de Figueiras, ficando para os moradores os cuidados para regarem, gerando assim um carinho especial pelas árvores.

Com gestos simples e habilidade de conciliador foi procurando humanizar a sua administração, a ideia da criação da Feira Livre foi de encontro aos anseios da população 

Por outro, lado na Colônia já havia uma boa produção de produtos agrícolas e animais formada pela agricultura familiar.

A diversidade da produção era de acordo com o hábito alimentar que cada um trouxera da sua região. 

Plantava-se de tudo um pouco, o que excedia do consumo familiar era vendido na feira. 

Assim, a Nossa Feira Livre se tornou o grande ponto de convergência da população para aquisição da cesta alimentar.

Logo outros segmentos de produtos de consumo popular foram se incorporando até surgir o primeiro Quiosque de alimentação, logo outros foram chegando. 

Com o tempo mudando de local, mas se mantendo sempre na rua em determinados períodos da sua existência.  

Mesmo com a chegada dos supermercados, locais onde de tudo se encontra, percebe-se que o público da feira é diferenciado e fiel. 

Existem determinados produtos regionais que só se encontram na feira livre em condições natural.     

Nessa feira da Rua Cuiabá, que a princípio era basicamente formado pelos colonos da zona rural, que tinham como principais produtos arroz, feijão, amendoim, farinha de mandioca, polvilho, erva mate, mandioca, ovos, galinhas, porco, frutas, legumes e verduras com tempo foi se adaptando as necessidade da população e atraindo novos expositores de produtos de consumo popular. 

Nossa Feira Livre

A nossa “feira livre” é um espaço de uso coletivo para a comercialização de produtos diversos que compõem a nossa base alimentarem e utilitários para satisfação de nossas necessidades.

As feiras livres, na maior parte das cidades em nosso país, principalmente nas regiões norte e nordeste é o maior ponto de encontro da população.

Em nosso caso, a nossa feira livre nasceu da necessidade dos colonos de abrir um mercado de venda direto ao consumidor do excedente de sua produção.    

O ponto de convergência principal é a culinária, seja a de consumo imediato encontrado nas áreas de alimentação, ou a matéria prima para o consumo em suas residências.

Produtos frescos, na sua maioria procedente de pequenas chácaras trazem variedades que atende aos nossos desejos.

 A venda nas feiras é alternativa de subsistência para esses pequenos produtores.

É muito difícil alguém que vá a feira uma única uma vez. Esse hábito se repete! O que faz com que em um final de semana circule ali, milhares de pessoas.

 Na feira livre muito mais que as compras se realizam encontro de negócios ou com os amigos.

 Alem do fator comercial, vem o cultural vai criando raízes tornando-se uma tradição.

Caracterizada como um espaço comum onde todas as classes sociais convivem em igualdade, vestidos geralmente em trajes esportivo os profissionais liberais, empresários e autoridades, misturam-se e se confundem. Mulheres, crianças todos se tornam iguais. Espaço democrático.

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