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‘Não quero saber’, diz advogado sobre paradeiro dos foragidos no caso dos desaparecidos

O advogado Renan Nogueira Farah, que representa Antônio e Paulo Buscariollo, foragidos por suspeita de envolvimento no caso dos desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, disse em entrevista que não sabe do paradeiro dos clientes. Nesta quarta-feira (10) completa cinco semanas de buscas. 

Conforme o relato de Farah para a Ric RECORD Maringá, o trabalho dele é defender os clientes e não tem interesse em saber onde eles estão. 

“Não pergunto e nem quero saber. Eles fugiram, assim como eu cogito fugir. Nós todos fomos ameaçados de morte pelos amigos dos desaparecidos. Ligaram para eles e disseram que todos eles iriam morrer”, contou Farah. 

A fala de Farah se refere às mensagens apresentadas por ele que indicam que uma pessoa ligou ao seu escritório, ameaçando sua vida caso continue no caso dos desaparecidos em Icaraíma. 

Advogado busca provas de que pai e filho não estão envolvidos no crime

De acordo com o advogado, a defesa trabalha para provar que os Buscariollo não tem relação com o crime. Além disso, ele cita Carlos Henrique, que teria negociado o terreno com Alencar Gonçalves de Souza. 

“Carlos Henrique e Carlos Eduardo estavam a mais de 800 quilômetros de distância deles, em uma cidade no interior de São Paulo. Um deles eu consigo comprovar que ele estava trabalhando em serviço comunitário. Outro nós temos provas de compras que ele fez, que estava envolvido em outro negócio”, explicou.

Sobre Antônio e Paulo, foragidos no caso dos desaparecidos em Icaraíma, Renan Farah comentou que as provas que apontam a inocência deles são mais testemunhais. 

“Eles estavam na lavoura, no trabalho braçal naquele dia 6 de agosto. Como advogado sou limitado na busca de produção de provas. Posso pedir para o mercado mostrar imagens de câmera de segurança, mas ele entrega se quiser. Mas quando o juiz notifica, aí eles entregam. Mas preciso que sejam feitas a pressas, para que sejam eficientes”, contou. 

O advogado dos Buscariollo afirmou também que pediu para que seja feita uma perícia no celular de Paulo e Antônio. Com isso, a defesa acredita que ficará provado onde eles estavam naquele dia. 

“Ela vai mostrar o ponto exato da região, onde meus clientes estavam naquele dia. Nós precisamos de um aprofundamento do inquérito para trabalhar e dar a justificativa para nossa defesa”, concluiu. 

Relembre o caso dos desaparecidos em Icaraíma 

Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso saíram do interior de São Paulo e foram até Icaraíma, no noroeste paranaense, para cobrar uma dívida de R$ 250 mil que o Alencar Gonçalves de Souza tinha a receber. 

Esposa de um dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma volta a falar
Alencar (esquerda) contratou os cobradores do interior de SP, segundo a polícia (Foto: arquivo pessoal)

O valor era referente ao restante do valor a ser pago pela compra de uma propriedade rural, vendida por Alencar aos Buscariollo. Os quatro desapareceram no dia 5 de agosto, após marcarem um encontro com Paulo e Antônio. 

Pai e Filho foram ouvidos pela Polícia Civil do Paraná, mas negaram qualquer envolvimento com o sumiço e desde então, nunca mais foram vistos. 

A Justiça decretou a prisão dos dois pelo crime de homicídio e eles estão sendo procurados. 

(Informações RIC)

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