Redação –
Uma mulher procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Dourados e denunciou ter sido vítima de importunação sexual praticada pelo próprio padrasto de criação. O caso veio à tona na noite de sábado (6), durante o evento “Natal Encantado Dourados”, realizado na região central da cidade.
Por volta das 23h, a equipe da Guarda Municipal que atuava no cruzamento das ruas Joaquim Teixeira Alves e João Cândido da Câmara foi abordada por um casal. A vítima, identificada pelas iniciais N. N. S., estava bastante abalada e chorava muito. Ela relatou ter discutido com a companheira, identificada como F. S. M., pouco antes de procurar ajuda.
No local, os agentes também encontraram E. J. F. L., padrasto de criação da vítima. Segundo o relato de N., ela teria sido levada por ele até a residência sob a justificativa de que cuidaria dos filhos menores do homem. No entanto, ainda conforme a denúncia, em determinado momento ele passou a tocar sua perna e apalpar suas nádegas sem consentimento.
A vítima afirmou que a situação lhe causou profundo abalo psicológico, sendo necessário passar por acompanhamento psicológico e fazer uso de medicamentos antidepressivos. Após os episódios, ela passou a morar com a companheira, residência que fica ao lado da casa do padrasto, por ele ser seu vizinho.
Ainda conforme a ocorrência, E. J. F. L. já havia sido conduzido anteriormente à delegacia por dirigir embriagado. Diante dos fatos, a autoridade policial determinou a formalização do caso na DAM.
O Conselho Tutelar também foi acionado para acompanhar a situação de duas crianças, de 10 e 6 anos, que estavam sob os cuidados do investigado. Uma conselheira compareceu ao local e deu continuidade aos atendimentos necessários aos menores.
Na delegacia, a vítima solicitou medidas protetivas de urgência para que não haja qualquer tipo de contato ou aproximação por parte do padrasto. Ela foi orientada a não procurar o agressor e a não manter nenhum tipo de comunicação com ele.
A mulher também foi informada sobre os canais de emergência disponíveis para atendimento 24 horas e sobre os serviços de apoio psicológico. O caso segue sob investigação.
