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Mudança de software da Prefeitura provoca nova crise entre Alan e Lia

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José Henrique Marques

No início desta semana o tempo voltou a fechar entre o prefeito Alan Guedes (PP) e a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB). E mais uma vez o estopim foi a saúde pública em Dourados. Por um lado, a deputada preocupada em destinar recursos através de emendas parlamentares e, por outro, o prefeito enfrentando problemas por conta da substituição do Sistema de Gestão (software) da Prefeitura.

Ocorre que a bancada de Dourados na Assembleia Legislativa – Lia Nogueira, Zé Teixeira (PSDB), Renato Câmara (MDB), Neno Razuk (PL) e Gleice Jane (PT) – destinou cerca de R$ 1 milhão para serem investidos em reformas de 24 postos de saúde na cidade e nos distritos, e na compra de equipamentos à Clínica de Atendimento à Mulher (CAM) e ao Pronto Atendimento Médico (PAM).

Lia Nogueira e Alan Guedes protagonizaram a política douradense em 2021 e 2022 e o pano de fundo da crise entre eles, até então no mesmo partido, foi a saúde oferecida à população de Dourados e de outros 33 municípios da região. Com a ascensão da então vereadora à Assembleia Legislativa, nas eleições do ano passado, a temperatura entre eles havia abaixado – até na terça-feira passada (14).

Quando soube através de sua assessoria que a Prefeitura estaria inadimplente junto ao governo federal e assim impossibilitada de receber as emendas, Lia Nogueira foi para cima de Alan Guedes. Entre outros impropérios, a deputada (sozinha destinou R$ 640 mil) acusou Alan Guedes de irresponsável e disse ser “inconcebível que um prefeito não pague as contas e deixe de receber dinheiro que poderia amenizar o sofrimento e salvar das vidas das pessoas”.

Imediatamente, no mesmo tom beligerante, a assessoria de Comunicação Social da Prefeitura reagiu em nota de esclarecimento garantindo que o município “está em dia com os pagamentos dos impostos federais e que a Secretaria Municipal de Saúde não foi notificada, até o momento, por qualquer órgão, de que perdeu ou corre o risco de perder emendas ou rapasses para a área da Saúde”.

De acordo com a Prefeitura, o que aconteceu “foi a falta de informação eletrônica dos pagamentos feitos à Receita Federal do Brasil. Ou seja, o município fez o pagamento, mas a comprovação não foi enviada por conta da substituição do Sistema de Gestão da Prefeitura, fato amplamente divulgado no Diário Oficial (decreto nº 2.624, de 28 de setembro de 2023) e pela imprensa”.

De fato, há alguns meses contribuintes e empresários vêm enfrentando dificuldades em acessar o sistema de gestão da prefeitura, além de protocolar e receber documentos por conta da substituição do software da empresa que faliu neste ano.

Na nota, a Prefeitura reconheceu que a comprovação do pagamento dos impostos ainda não foi informada à Receita Federal, dando de certo modo razão a Lia, mas que os procedimentos já estão em curso para a devida normalização, isentando Alan.

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