Um homem de 42 anos faleceu no dia 7 deste mês após ser atendido no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande. A morte está sendo investigada como possível caso de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica presente em produtos industriais e, por vezes, encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas. Segundo informações do Campo Grande News.
Com esse registro, a Capital mantém dois casos sob apuração relacionados à exposição ao metanol. O outro paciente, atendido no Centro Regional de Saúde (CRS) do bairro Tiradentes, já recebeu alta médica. Dois casos anteriores foram descartados após exames laboratoriais.
No Estado, há um óbito suspeito — o do homem internado no HRMS — e outro já descartado, envolvendo Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que morreu no dia 2 de outubro. Ele apresentou sintomas compatíveis com intoxicação, como dores abdominais e vômitos com sangue, após ingerir bebida alcoólica, mas exames preliminares não detectaram metanol em seu organismo. A causa da morte ainda está sendo analisada por exames complementares.
As investigações são conduzidas pela Vigilância Sanitária e forças de segurança, com amostras encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para confirmação ou descarte da presença da substância.
Em nível nacional, o Ministério da Saúde contabiliza 404 notificações de intoxicação por metanol, sendo 24 confirmadas e 20 mortes associadas. A maioria dos casos está relacionada ao consumo de destilados sem procedência ou fabricados de forma irregular.
Autoridades de saúde reforçam o alerta para que a população evite bebidas de origem desconhecida e denuncie qualquer comercialização suspeita. O metanol, quando ingerido, pode causar efeitos graves como cegueira, falência renal e até a morte. (M.E)
