Edvaldo Galeano Urunaga, de 45 anos, assassinado a golpes de facão neste sábado (30), no bairro Taquarussu, em Campo Grande, já havia sido julgado por homicídio em 2021, mas foi absolvido. Na ocasião, ele respondeu pela morte de Ermildo Veiga Martins Kaneshige, de 48 anos, atacado a pauladas na Vila Jacy.
O caso de 2021 ocorreu em 27 de novembro e teria sido motivado por ciúmes. Segundo denúncia do Ministério Público, Ermildo acompanhava uma mulher que havia sido companheira de Edvaldo, quando foi surpreendido por três homens na Rua Iporã. A vítima foi atacada com pedaços de madeira e facas e morreu no local.
Edvaldo foi preso no dia seguinte e, em depoimento, assumiu sozinho o crime, negando envolvimento de outros indivíduos. Alegou legítima defesa, afirmando que foi ameaçado pelo atual companheiro da ex-esposa e reagiu após ser atacado.
O caso foi levado a julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Edvaldo respondia por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, mas o júri acolheu a tese defensiva de legítima defesa e o absolveu. Ele foi libertado por decisão do juiz Aluizio Pereira dos Santos há pouco mais de um ano.
Morte após discussão com sobrinhos
Neste sábado, três anos após o crime anterior, Edvaldo foi assassinado a facãozadas após uma discussão envolvendo dois sobrinhos: Kenedy Deivid Pantaleão Ferreira e Keterson Fernandes Gimenes, ambos de 22 anos. A motivação teria sido uma briga banal sobre lixo deixado em um corredor de casas no bairro Taquarussu.
Durante o desentendimento, os sobrinhos atacaram Edvaldo com golpes de facão. O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou o óbito às 17h50. Após o crime, Kenedy fugiu em um Ford Escort Hobby, levando a arma utilizada no assassinato.
A Polícia Civil investiga o caso como homicídio qualificado por motivo fútil. Os envolvidos estão sendo procurados. (J.B)
