Victor Hugo Ribeiro Nogueira da Silva, ex-servidor comissionado da prefeitura de Campo Grande, foi condenado a dois anos de reclusão pela 3ª Vara Criminal da comarca por manter casa de prostituição. A decisão judicial se refere a acusação de favorecimento à prostituição e coação, registrada em agosto de 2022.
Victor Hugo chegou a ficar preso preventivamente até março de 2023. De acordo com o processo, o réu teria intimidado mulheres para que não denunciassem o suposto esquema de assédio sexual.
O caso envolve também outras figuras públicas. O ex-prefeito Marquinhos Trad, atualmente vereador pelo PDT, e o empresário André Luís dos Santos, conhecido como Patrola, foram denunciados em ação relacionada ao mesmo esquema. Marquinhos Trad foi absolvido de sete acusações de assédio, enquanto Patrola continua respondendo pelos crimes, conforme decisão de agosto de 2024. Na época, a juíza Eucélia Moreira Cassal destacou que, embora mensagens de indução às vítimas tenham sido enviadas, a consumação do crime dependeria de análise durante o processo.
Patrola, apontado como laranja de políticos, possui vínculos com a família Trad. Além das denúncias por crimes sexuais, ele responde a ações de despejo contra membros da família por falta de pagamento de aluguéis em imóveis de sua propriedade, reforçando os indícios de sua ligação com o esquema de laranjas exposto pelo Jornal Midiamax em 2023.
O empresário também é réu em diversas ações de improbidade administrativa em Mato Grosso do Sul. Sua empreiteira, ALS, detém contratos de obras no Estado, muitos deles investigados por irregularidades. Em 2023, a “Rota do Patrola” revelou propriedades rurais no Pantanal relacionadas a obras da rodovia MS-228. Além disso, ele responde à Operação Cascalhos de Areia, que investiga desvio de mais de R$ 7,3 milhões em contratos de obras durante a gestão de Marquinhos Trad.
O caso segue em andamento, e as autoridades continuam acompanhando os desdobramentos dos processos relacionados. (J.B)
