Anderson Aparecido de Olanda, de 41 anos, autor do assassinato da professora Cinira de Brito, de 44 anos, deixou uma carta aberta nas redes sociais antes de tirar a própria vida na tarde desta quinta-feira (31), em Ribas do Rio Pardo. Na mensagem, ele acusa a companheira de supostas traições e confessa ter premeditado o crime.
A carta, compartilhada momentos após o assassinato, revela detalhes sobre o planejamento do crime. No texto, Anderson se refere à vítima com termos ofensivos e justifica o ato como vingança por supostas infidelidades. Ele chega a mencionar o ex-marido de Cinira, afirmando que a vítima “teve o fim que tanto quis” e que o crime foi uma punição por traição.
O conteúdo da carta também confirma que Anderson pretendia se matar após o crime. Depois de esfaquear a professora, ele se envenenou e se esfaqueou, sendo socorrido e levado a um hospital em Campo Grande, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
Em uma parte do texto, ele intercala pedidos de perdão com ameaças, citando nomes de pessoas próximas à vítima e culpando-os indiretamente pela tragédia. Em outro trecho, ele afirma que lutava contra um “demônio” interno que o impelia à vingança, e que o suposto amante da esposa só não foi morto porque não estava na cidade.
Anderson também menciona o destino de seus cachorros, informa a senha bancária e se despede de amigos e familiares. A Polícia Civil está investigando o caso como feminicídio. A perícia foi realizada na casa onde o crime aconteceu, no bairro Centro Velho, e as provas coletadas devem auxiliar nas investigações. (J.B)