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Morte de mulher assassinada a facadas gera comoção e ato pede justiça em MS

Redação –

A morte de Aline Barreto da Silva, de 33 anos, assassinada a facadas pelo companheiro na madrugada de domingo (14), causou comoção e revolta em Ribas do Rio Pardo. O caso, registrado como feminicídio, mobilizou moradores que organizam um ato simbólico em memória da vítima e em defesa de medidas efetivas de combate à violência contra a mulher.

Com o lema “Grito de Basta!”, a mobilização está marcada para as 18h, na região da feira central da cidade. Os organizadores orientam que os participantes compareçam vestidos de preto, em sinal de luto e protesto. O ato é organizado por mulheres da comunidade e presta homenagem a Aline, além de cobrar ações concretas para prevenir novos casos de feminicídio.

Aline chegou a ser socorrida e encaminhada ao hospital de Ribas do Rio Pardo, mas não resistiu aos ferimentos. O principal suspeito do crime, o companheiro da vítima, Marcelo Augusto Vinciguerra, de 31 anos, foi preso em flagrante. O caso ocorreu no contexto de violência doméstica e familiar e segue sob investigação da Polícia Civil.

Além da homenagem, o ato público também levanta críticas à ausência de políticas públicas eficazes no enfrentamento à violência contra a mulher. Moradores questionam a falta de programas preventivos e cobram respostas das autoridades. “Mais uma mãe, filha ou irmã que não terá a chance de viver. Cadê os programas e projetos de prevenção? Cadê ações de verdade?”, diz o texto divulgado pelos organizadores.

A comunidade também aponta falhas no funcionamento de estruturas criadas para acolher vítimas, como a Coordenadoria da Mulher e a Sala Lilás, que, segundo relatos, não estariam cumprindo plenamente seu papel. Muitas mulheres ainda enfrentam o medo, a falta de apoio psicológico, a ausência de abrigo seguro e dificuldades financeiras para romper o ciclo da violência.

“Não adianta campanha de fachada e discurso bonito. É preciso prevenção real, acompanhamento sério, abrigo e suporte para quem precisa recomeçar”, reforça o manifesto que circula nas redes sociais com a hashtag #JustiçaPorAline.

Enquanto as investigações continuam, Ribas do Rio Pardo se une em luto e indignação, exigindo que a morte de Aline Barreto da Silva não seja apenas mais um número nas estatísticas da violência contra a mulher.

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