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Morada dos Baís apresenta O Filho do Saci, obra de Odil Puques

Evento acontece nesta sexta-feira, 24, às 19 horas, no centro cultural da capital sul-mato-grossense

Por Viviane Viaut Moreira –

@arte85

Odilhesco.

Neologismo

Classe gramatical: adjetivo

Gênero: masculino

Derivação de Odil

Atribuição e designação a Odil Puques

Significado de Odilhesco

Intrigante, curioso, admirado, petardo

O verbete foi criado pelo desembargador e escritor Nery da Costa Júnior para definir o estilo literário de Odil Puques, advogado e escritor, por ocasião da edição do segundo livro de Odil – O Filho do Saci e Outros Contos.

Segue Nery com sua opinião: “Odil é versão genuína de escritor autêntico. Do produtor das coisas do cotidiano da nossa terra em transformação do linguajar. O precioso, o brilhante, o notável pensador oferece mais essa obra, vazada na singeleza dos modos do estilo despretensioso do autor e com a fulgurância de sua unicidade vocabular. Orgulho nosso.”

Lançamento na Morada dos Baís em Campo Grande

Nesta sexta-feira, 24, às 19 horas, Odil Puques realiza o lançamento do livro na Morada dos Baís, centro cultural e um dos principais patrimônios históricos da capital sul-mato-grossense. O evento é aberto ao público em geral. Quem estiver lá, vai conhecer as histoestórias do autor amambaiense. Parafraseando o editor, Rogério Fernandes, da Biblio Editora, contos que trafegam entre o real e o fantástico, entre o riso e a saudade, entre o sagrado e o popular.

O primeiro lançamento ocorreu em 26 de setembro, em Amambai, MS, cidade natal do escritor [assim como Nery], atualmente residindo em Campo Grande, MS.  O evento integrou programação alusiva ao aniversário de emancipação político administrativa do município.

Ficha técnica

Rogério Fernandes, da Biblio Editora, responsável pelo projeto gráfico, é mais um amambaiense e também presidente da Academia Amambaiense de Letras. “Com uma linguagem que transita entre o lirismo poético e a oralidade do povo, a obra resgata causos, crenças e experiências do cotidiano, revelando o sabor da infância, o peso das memórias familiares e a riqueza do imaginário regional”, escreveu Rogério na orelha do livro.

A capa é de Ramão Fernandes e a revisão de Viviane Viaut Moreira. A contracapa brinda os leitores com a letra da música Marco Pererá, de autoria de Jamil Martins. Uma preciosidade da cultura local que fala sobe o índio Marco Pererá que passeava pelas ruas de Amambai, quando a cidade e seus moradores nem conheciam a cor do asfalto, tocando uma flauta feita de cuia de macaco. Uma personagem que fez história na época. Tanto foi assim que, na página 109 do livro O filho do Saci e Outros Contos, Odil Puques fala sobe essa figura no conto O Velho Índio e sua Flauta.

“Não sou escritor, conto contos, reconto o que ouço”

O autor faz questão de não se apresentar como escritor em seu “Palavriedo Inicial”: Não sou escritor. Conto contos. Aliás, nem isso, reconto o que ouço, cá e acolá, fascinado que sou por boas histoestórias – aproveitando a expressão cunhada pelo escritor Nerinho [referindo-se a Nery da Costa Júnior que criou este outro neologismo – histoestórias – em seu livro Che Tiempo Guaré].

Seus contos têm a lembrança viva das histórias de seu pai. “Quando em Menino, meu pai chegava das tropeadas acendia o fogo e, ao derredor do mate, ele e os peões entravam madrugada adentro contando as desaventuranças da jornada e aquilo me fascinava dumtanto que mesmo enxotado a ir dormir não pregava os olhos imaginando os encontros com lobisomens, sacis, caiporas e o perigo do estouro de uma boiada.”

Os contos

São 32 contos. Se os temas são diversificados, a sensibilidade é uma constante, assim como a expressividade que vai além do que o senso comum enxerga.  Em muitos, se não na maioria, o protagonista é o Menino. “O Menino é você? Sim e não. Quero crer que o personagem possa representar o guri médio das cidades interioranas desse colosso de Mato Grosso. Do Sul. Do Céu.” Nem sempre o Menino está sorridente, se há tristeza, há mais ainda lições de vida. Assim acontece, em especial, no primeiro conto – Um Conto de Natal, onde o fantástico e o mistério predominam, e no conto O Reino das Bolitas; singelo, peculiar, especial, único. 

Odil por Odil

Costuma dizer que se não fosse advogado, advogado seria e como criminalista que é, já viu e conviveu com as agruras daqueles que sofrem o processo penal e cada cliente é uma história ou estória diferente e que todo advogado é escritor por excelência, já que há muito mais coisas entre o céu e a terra do que entre os fatos e o direito.

Não se sabe se da profissão herdou o gosto pela escrita ou a escrita o levou até ela.

Sempre diz que de tanto ouvir acabou por contar. Casado com Maria Bethânia, pai do Heitor e da Laura. Odil publicou, em 2012, o “Causos & Prosas”. É membro-fundador da Academia Amambaiense de Letras (ACAL).

Serviço

O que: lançamento do livro O Filho do Saci e Outros Contos

Autor: Odil Puques

Quando: sexta-feira, 24, às 19 horas

Onde: Morada dos Baís

Endereço: Av. Noroeste, 5140

Centro – Campo Grande, MS

Entrada gratuita

Contato Odil: 67 99983.7632 – celular e whats

Instagram: @odilpuques

Facebook: Odil Puques

FOTOS

Morada dos Baís apresenta O Filho do Saci, obra de Odil Puques
Capa do livro Ilustração Ramão Fernandes
Morada dos Baís apresenta O Filho do Saci, obra de Odil Puques
O Menino, protagonista do livro O Filho do Saci e Outros Contos Ilustração Éder Berzuini
Morada dos Baís apresenta O Filho do Saci, obra de Odil Puques
Odil Puques Advogado e escritor

*Com revisão de José Luiz Nunes Moreira

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