Após morte – 08/03/2012
Os técnicos que compõem a força-tarefa que faz a vistoria dos brinquedos do parque temático Hopi Hari, em Vinhedo, no interior de São Paulo, analisaram a montanha russa na manhã desta quinta-feira. A perícia faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado na quinta-feira entre o parque e o Ministério Público (MP), assinado na semana passada.Em 24 de fevereiro, a adolescente Gabriela Yukari Nichimura, de 14 anos, morreu após cair do La Tour Eiffel, um elevador de 69 metros de altura, que desce a uma velocidade que chega a 94 km/h. Dois supervisores da área de manutenção do Hopi Hari devem prestar depoimento sobre o caso à polícia na tarde desta quinta-feira ao delegado titular de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior.O parque está fechado desde sexta-feira e a previsão é que seja reaberto em dez dias, mas segundo o acordo, o fechamento pode ser prorrogado por mais dez dias, se o MP julgar necessário. A vistoria nos brinquedos, feita por equipes do Corpo de Bombeiros, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e do Ministério Público, começou na segunda-feira.MorteGabriela Nichimura estava com os pais no parque, quando caiu do brinquedo La Tour Eiffel, uma espécie de elevador de 69,5 metros de altura, com assentos que sobem a 5 metros por segundo e chega a 94 km/h. Segundo testemunhas, a adolescente caiu de uma altura de 30 metros.O laudo da morte apontou que ela sofreu politraumatismo severo. O corpo da adolescente foi enterrado em Guarulhos, no sábado.Três dias após a morte da adolescente, o brinquedo passou por perícia por técnicos do Instituto de Criminalística e a conclusão é que havia ocorrido falha humana, mas uma foto entregue pela família à polícia na quarta-feira, apontou que a perícia havia sido feita na cadeira errada.A constatação mudou o rumo da investigação, segundo o delegado de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior. A informação incorreta sobre o assento em que a garota estava no momento do acidente foi passada por testemunhas, de acordo com ele. O promotor Rogério Sanches afirmou que a cadeira onde a adolescente estava inoperante há pelo menos 10 anos. Em entrevista ao Fantástico, em Guarulhos, na Grande São Paulo, Silmara Aparecida Nichimura disse ter notado a ausência de um fecho no assento do brinquedo em que a filha estava.
Fonte: G1